Nos bastidores do futebol, a trajetória de um jogador pode ser tão imprevisível quanto o próprio esporte. Entre promessas não cumpridas, contratações arriscadas e partidas que nunca aconteceram, cada transferência carrega expectativas que nem sempre se realizam.
É nesse contexto que mais uma movimentação agita a Curuzu, trazendo à tona discussões sobre planejamento e decisões estratégicas no Paysandu.
Contratado na metade da temporada 2024, o lateral-esquerdo Keffel, que chegou ao Paysandu com vínculo até o final de 2025, está de saída da Curuzu. A informação foi confirmada pela reportagem do DOL nesta segunda-feira (30).
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Apesar da expectativa gerada por sua chegada, Keffel teve uma passagem discreta pelo clube bicolor, somando apenas 45 minutos em campo com a camisa do Papão.
Não houve detalhes sobre os motivos que levaram ao rompimento do vínculo, mas a curta duração de sua trajetória no time chamou a atenção, alimentando questionamentos sobre a gestão de contratações do clube.
INVESTIMENTO EM EUROS
Keffel foi contratado pelo Paysandu em julho de 2024, vindo do Torreense, da Segunda Divisão de Portugal, com um custo inicial de 50 mil euros (cerca de R$ 304 mil).
O contrato previa um aumento para 120 mil euros (R$ 730 mil) caso o time garantisse a permanência na Série B, o que foi confirmado em novembro. Assim, o clube terá de pagar mais 70 mil euros (R$ 425 mil) ao Torreense.
Além disso, foram incluídas luvas de R$ 118.300, das quais R$ 94.640 já quitados, restando R$ 23.660 que tinham vencimento para o final do mês passado.
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Desde sua chegada, os custos totais com o lateral, considerando salários, direitos de imagem e ajuda de custo, já somam cerca de R$ 700 mil. Caso o contrato válido até o final de 2025 fosse o cumprido, o Paysandu ainda teria que desembolsar cerca de R$ 1,3 milhão ao longo do vínculo, incluindo os valores restantes da transferência, luvas e salários.
Com a rescisão, no entanto, o custo final da transação dependerá do acordo fechado com os representantes do atleta.
CRÍTICAS À GESTÃO DE CONTRATAÇÕES
A passagem de Keffel reacende críticas sobre a gestão de contratações do clube, dada a falta de retorno esportivo e o elevado custo financeiro. O caso ilustra os desafios enfrentados pela diretoria em equilibrar investimentos e desempenho, especialmente em um momento de instabilidade na Série B. (colaborou Kaio Rodrigues)
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