Qual é o limite de um sonho? Para muitos meninos, o futebol é mais que uma paixão; é um portal para um mundo de possibilidades, onde o talento pode mudar destinos e transformar vidas. Chegar ao profissional não é apenas um objetivo, mas o resultado de anos de esforço, disciplina e resiliência.
É o momento em que o menino que cresceu jogando na rua se tornou um atleta, carregando nas costas não só a camisa do clube, mas também o peso de suas próprias aspirações e das expectativas de quem sempre acreditou nele.
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É o início de uma jornada que une sonho e realidade em um só campo, como no caso de Cauã Libonati do Nascimento, de 19 anos, que chegou como volante ao Paysandu, mas se tornou zagueiro. Em conversa com a reportagem, ele conta como soube que seria promovido ao profissional.
"Quando recebi a notícia de que iria subir ao profissional, fiquei muito feliz, assim como a minha família. Todos ficaram muito felizes. Fui pego de surpresa, para falar a verdade. Tinha acabado de jogar as quartas do Campeonato Paraense pelo sub-20. Deram duas semanas de folga, mas no primeiro dia o diretor me ligou falando que eu tinha que me apresentar ao profissional para compor elenco. Graças a Deus me destaquei e agradei os olhos da comissão, da diretoria e acabei entrando no elenco", destacou.
Chegar ao profissional é, sem dúvida, uma grande conquista, mas é apenas o começo de uma longa caminhada. A partir daí, o verdadeiro desafio começa: provar a cada treino, a cada jogo, que o lugar conquistado foi merecido. O trabalho se intensifica, e a pressão aumenta, exigindo exigência redobrada.
Aprender com os mais experientes, absorver conselhos e observar cada detalhe dentro e fora de campo são passos essenciais para evoluir. O futebol profissional exige mais que talento; demanda, inteligência paciência e habilidade. É assim que Libonati quer conquistar espaço.
"Tenho como meta seguir fazendo bons treinamentos no dia a dia para ter a oportunidade de ser relacionado para os jogos e fazer uma boa estreia, aproveitar a oportunidade porque sei que é algo que não aparece duas vezes. Quando ela aparecer, é agarrá-la, entrar bem no jogo, ligado, para consequentemente ir me firmando, ter mais minutos para dar alegria para a torcida do Paysandu. É aproveitar essa oportunidade ao máximo. É um local onde fui muito bem recebido pela diretoria, comissão técnica e jogadores. Na minha posição, o Luan e o Quintana me ajudam muito com posicionamento, adaptação. O Edílson também foi muito receptivo. Sempre me passa dicas nos treinamentos, dando apoio, assim como o elenco todo abraça os meninos da base. Sempre busco aprender com eles, observando os movimentos. Tento observar ao máximo para aprender cada vez mais com esses jogadores que são uma inspiração", ressaltou.
Engana-se quem pensa que por ter apenas 19 anos o garoto ainda é inexperiente. Cauã Libonati já atuou nas categorias de base do América-MG, Ceará, Fortaleza, Remo, São Bernardo-EC, Tuna Luso, além de Lusitânia dos Açores e Alcanenense, estes dois últimos de Portugal.
"Com certeza a minha rodagem contribuiu muito para chegar onde cheguei. Pude passar por clubes grandes do Brasil e em Portugal a temporada que passei me ajudou muito. Amadureci muito jogando em outro país. Futebol totalmente diferente do futebol brasileiro. Foi onde também tive a primeira experiência para jogar de zagueiro. Então, aprendi bastante. Pude voltar para o Brasil, cheguei a Belém, cidade onde nasci. Cheguei como volante, mas atuo como zagueiro. O Márcio me usa nessa posição. Estou muito feliz. Cheguei à base e com pouco tempo subi para o profissional. Essa era a minha meta pessoal quando cheguei ao Paysandu. Espero continuar evoluindo, treinando bem, para quando a oportunidade surgir eu conseguir agarrá-la muito bem", finalizou.
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