Luizinho Lopes mira títulos no Papão: "possibilidade existe"

O Paysandu apresentou, na noite de ontem (11), na sala de imprensa da Curuzu, seu novo treinador: Luizinho Lopes. Antes mesmo da coletiva oficial, o técnico já havia comandado sua primeira sessão de treinamentos com o elenco bicolor, iniciando de imediato a reconstrução da equipe para a sequência da temporada. Com a missão clara de recolocar o Papão nos trilhos, Luizinho chega ao clube com dois objetivos fundamentais: conquistar títulos e fazer o time apresentar boas performances, algo que esteve em falta neste início de ano e culminou na saída de Márcio Fernandes.

Em suas primeiras palavras como técnico do Paysandu, Luizinho Lopes não escondeu a felicidade pelo desafio e destacou a importância do clube em sua trajetória. “Agradecer ao presidente, toda a diretoria. Fiquei extremamente feliz pela recepção. Dizendo o que falei internamente: eu vejo no Paysandu uma grande oportunidade na minha vida. Passei um período em casa por opção, não por convite. E pedi a Deus que o sim que eu desse fosse com o aval dele, pela felicidade. Temos que valorizar o lugar onde estamos. Se for abrir em nível internacional, a torcida… O maior patrimônio de um clube é a sua torcida. Joguei várias vezes contra e sonhei um dia estar aqui. Deus me deu uma oportunidade que eu já tinha intenção. Valorizar onde estamos porque estamos em um lugar que pode nos promover. É muita paixão, muita torcida. Extremamente feliz, trabalhar com fé como se tudo dependesse de Deus”, disse.

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A missão de Luizinho já começa com um grande desafio: nesta quinta-feira, o Bicolor encara o Manaus-AM, na Curuzu, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Verde. O treinador, que já comandou a equipe amazonense, terá pouco tempo para implementar sua filosofia e encontrar a melhor formação para o confronto. No entanto, o comandante se mostra confiante na capacidade de adaptação do elenco e no potencial do time em busca da classificação.

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Desde o primeiro contato com a diretoria, Luizinho deixou claro que não veio apenas para reorganizar a equipe, mas sim para buscar conquistas. Ele vê no atual elenco um clube que precisa se acostumar a disputar títulos, e esse será o foco principal do seu trabalho. Para ele, a grandeza do Paysandu exige ambição e resultados concretos. Além disso, o treinador ressaltou a necessidade de equilíbrio tático e variação de estratégias dentro de campo, visando construir um time competitivo e consistente em todas as fases do jogo. Confira a seguir alguns pontos abordados pelo treinador.

TÍTULOS

“A partir do momento que viemos para cá, a possibilidade de título existe. Estou vindo para um gigante que entra com essa responsabilidade, com esse objetivo. Tanto que minha conversa foi com esse objetivo: ser campeão da Copa Verde e do Parazão, porque é palpável. Vamos detalhar muita coisa, mas precisamos entender como a equipe vai estar com a bola ou sem a bola para não ficar preso a uma nomenclatura. Todos os momentos fazem o jogo. Como vamos transitar ofensivamente e defensivamente. Importante ter essas variações”.

BASE

“Minha história iniciou como treinador de sub-15, 17, 19. Fui coordenador de escolinha para me tornar um profissional mais completo. Espero que tenhamos essa oportunidade aqui. Talvez foi algo isolado, espero que isso não vire uma verdade, porque não condiz com minhas ideias. Espero que surja um garoto para nos ajudar”.

MODELO DE JOGO

“Vamos trabalhar todos os momentos da fase de jogo: trabalhamos hoje transição ofensiva e defensiva. Acho que temos uma equipe equilibrada, temos possibilidades de chegada. Vou estar participando de tudo, mas o clube está se estruturando em todos os lados. Meu papel enquanto treinador é estar em transição em todos os momentos. Vai ser trabalhado bola parada, ofensiva e defensiva. Vamos buscar maneiras, características, minha responsabilidade é equilibrar a equipe como um todo”.

DESAFIO E ADAPTAÇÃO

“O Paysandu tem muitos jogadores conhecidos, de Série B, Série A, que militaram em muitos clubes. Às vezes não jogando a favor, mas jogando contra e até de ver conhecemos quase todos. Está tudo muito rápido, essa chegada foi imediata. Mas o grande desafio é fazer muita coisa em pouco tempo. Preciso ser criativo. Vamos ter em cinco dias dois jogos. Digo com dificuldade porque eu me cobro muito. Sou treinador, tenho que pagar o preço. É escolher os melhores exercícios conforme as opções”.

MENTALIDADE

“Com relação a objetivos, o Paysandu está bem posicionado na Copa Verde e no Paraense. Independente de performance, desempenho e futebol vistoso, temos onde atuar. Tenho que usufruir do bônus e entender o ônus. Quando o trabalho é bom, temos um pouco mais de tempo. Espero continuar, ser profissional, para quando não vier rápido ele venha por consistência. Futebol não pede tempo, pede desempenho”.

PRIMEIROS PASSOS

“Hoje a dinâmica no trabalho foi regenerativa, então fizemos uma distribuição espacial onde implantamos alguns conceitos. A gente já conhece a maioria dos jogadores para organizar. Eu tenho que ter a oportunidade e tirar algo de alguém que ainda não está entregando. Vamos ter que definir os onze, depois novas oportunidades. A nossa vivência, experiência, a gente consegue mudar a chave, mas é tudo ainda muito cedo. Preciso ter a expertise para ter clareza e os melhores encaixes. Queira Deus eu ter esse tempo. Fiquei feliz com o nível dos jogadores”.

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