
A crise do Paysandu dentro de campo, com 10 jogos sem vencer na Série B do Campeonato Brasileiro, pode agora ganhar contornos ainda mais graves fora das quatro linhas.
A súmula da partida contra o Criciúma, realizada na noite da última segunda-feira (2), na reabertura da Curuzu, trouxe registros de arremessos de objetos no gramado por parte da torcida bicolor.
A situação pode render punições ao clube por parte do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). De acordo com o árbitro da partida, aos 14 minutos do segundo tempo, um chinelo foi arremessado no campo, próximo da bandeira de escanteio, onde ocorria uma disputa de bola.
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Já aos 23 minutos, após uma substituição do Criciúma, um copo plástico com líquido foi lançado da arquibancada e atingiu a cabeça do jogador Thales, camisa 39 da equipe catarinense. Em ambos os casos, a origem dos arremessos foi apontada como a área onde estava a torcida do Paysandu.
Veja o vídeo:
Embora o chinelo não tenha atingido nenhum atleta ou membro da arbitragem, o copo lançado posteriormente configurou agressão direta a um jogador adversário. Segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o clube pode ser enquadrado no Artigo 213, inciso III, que trata da omissão na prevenção ao lançamento de objetos no campo, com punições que vão de multa (R$ 100 a R$ 100 mil) à perda de mando de campo por até 10 partidas.
Além disso, o Artigo 41-B do Estatuto do Torcedor também pode ser considerado, já que prevê sanções em casos de tumulto ou invasão de áreas restritas aos atletas, incluindo penalidades criminais aos responsáveis, se identificados.
A gravidade da pena será avaliada pelo STJD e dependerá de fatores como a reincidência, a identificação dos responsáveis pelos arremessos e as medidas tomadas pelo clube para conter os atos. A súmula da arbitragem é uma das principais peças de análise no processo.
No momento, o Paysandu soma apenas 4 pontos em 10 jogos, amarga a última colocação na Série B, com 13 gols sofridos e apenas cinco marcados. Além da preocupação em reencontrar o caminho das vitórias, a diretoria agora precisará se movimentar também nos bastidores jurídicos para minimizar o impacto da possível punição disciplinar.

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