
O presidente do Paysandu, Roger Aguilera, falou abertamente sobre o momento financeiro delicado do clube durante entrevista ao programa Cartaz Esportivo, da Rádio Clube do Pará.
Em meio ao bom momento dentro de campo na Série B do Campeonato Brasileiro, o Papão enfrenta um transfer ban da FIFA e precisa lidar com dívidas antigas se quiser reforçar o elenco.
"Hoje, a nossa situação financeira é muito pesada, não é só a folha salarial, têm os encargos, todos os funcionários do clube, a estrutura. Com as contratações que fizemos na última janela, estamos muito no limite. A prioridade é pagar os salários dos atletas que estão há 9 jogos sem perder", destacou.
O dirigente se referiu ainda à pendência relacionada à compra de Keffel, lateral-esquerdo que atuou apenas 45 minutos com a camisa do clube.
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O Lobo adquiriu 50% dos direitos do jogador por cerca de 50 mil euros (R$ 304 mil na época), com cláusula de pagamento adicional se o time se mantivesse na Segundona.
Como a permanência foi confirmada, o valor subiu para 129 mil euros (R$ 730 mil). O adicional de 70 mil euros (cerca de R$ 426 mil) deveria ter sido quitado até 30 dias após o jogo que garantiu o clube na competição. Isso não aconteceu.
Além disso, o Papão devia R$ 118 mil em bonificações ao próprio Keffel, dos quais R$ 94 mil já haviam sido pagos até o fim de 2024. A dívida acumulada provocou a punição da FIFA, que impede o clube de registrar novos atletas até a regularização da situação.
Apesar das limitações, Aguilera reforçou que o clube vem colhendo bons resultados. Antes da punição, o clube contratou 10 atletas, como Diogo Oliveira, Maurício Garcez, Thiago Heleno, Denner e Thalisson.
"Graças a Deus, na janela que ninguém quase contratou, o Paysandu trouxe 10 e estamos conseguindo ter um êxito muito grande. Todos os times da Série B precisam de reforço, não só o Paysandu. Mas nosso principal problema não são os reforços. É lógico que o transfer ban incomoda", ressaltou.
O presidente afirmou ainda que dois novos jogadores já estão apalavrados e aguardam apenas a liberação do transfer ban para evoluir nas tratativas. Mas, antes disso, o clube precisa resolver o atraso na folha, que já passa de quatro dias.
Enquanto o elenco vive o melhor momento na temporada, com nove jogos de invencibilidade, o extracampo pressiona a diretoria. Para Aguilera, a prioridade é honrar compromissos com quem já está no clube.
"Precisamos pagar a folha até esta sexta-feira. Tem uns 4 dias que ela venceu e já comecei a pagar. Preciso correr atrás de recursos para resolver o transfer ban e a gente poder contratar", comentou o dirigente.
Roger foi questionado sobre uma possível volta dos jogos para o Mangueirão, a fim de render uma renda maior, porém, a priori, descartou a possibilidade, já que a Curuzu está sendo mais rentável ao Paysandu.
"Na Curuzu voltamos a vencer. Eu não lembro se no jogo do Remo deu 29 ou 27 mil torcedores e a receita deles foi menor que a nossa na Curuzu, com 14, 15 mil. Por exemplo, por mais que eu tenha aumentado o valor do ingresso, passando nossa renda para R$ 300 mil em média, a minha folha é de R$ 2 milhões e pouco. Então, ajuda, mas não vai resolver. Temos que ter outras fontes de receita", finalizou.
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