Paysandu: um gigante que virou xodó da Fiel Bicolor

Mais por sorte que avaliação técnica, conforme reconhece o próprio presidente do Paysandu, Roger Aguilera, o Paysandu, indiscutivelmente, acertou nas dez contratações que fez aproveitando a primeira “janela” de transferência do Brasileiro.

Entre os atletas trazidos pelo Papão, o mais estimado pela Fiel tem sido, sem dúvida, o atacante Diogo Oliveira, que até já ganhou apelido dado pelos torcedores: Diogol.

O mimo ao jogador, de 28 anos, se deve aos gols marcados por ele na Segundona do Nacional, na qual é, hoje, o principal artilheiro do time com cinco bolas na rede em oito partidas.

O Gigante, como também é apelidado Oliveira, em razão da estatura de 1,94m, caiu no gosto da Fiel já em sua segunda partida com a camisa do Papão.

E nem poderia ser diferente, afinal de contas, foi dele o gol que deu a vitória, por 1 a 0, no clássico Re-Pa, valendo pela 13ª rodada da Segundona. O jogador havia estreado no confronto com o Botafogo-SP, na rodada anterior, quando ficou em campo por apenas 29 minutos.

O chamego dos torcedores começou depois de o atacante balançar a rede do maior rival e vem se solidificando a cada partida do Papão no Brasileiro. A última delas o empate, por 1 a 1, contra o Athletico-GO, em Curitiba, com gol do Gigante.

Afora os gols marcados contra o Leão e o Furacão, Oliveira também teve outro grande momento nesta sua recente vinda para o Paysandu.

Curiosamente aconteceu, também, na capital paranaense, com o jogador marcando dois gols na goleada, por 5 a 2, sobre o Coritiba-PR, ex-equipe do atacante.

O jogador desembarcou em Belém como um desconhecido para a grande maioria dos torcedores do Papão, principalmente daqueles que não costumam acompanhar o futebol do exterior.

Antes de ser contratado pelo clube paraense, o jogador vinha defendendo o modesto Plaza Colonia, que não é clube de ponta do futebol do Uruguai.

No clube uruguaio, Oliveira ficou por uma temporada e meia entre 2024 e 2025, disputando 26 jogos, com sete gols marcados.

No Papão, em menor número de jogos, o atacante já balançou a rede dos adversários por cinco vezes, se credenciando a se tornar o novo xodó do torcedor do Papão, assumindo o posto ocupado por outros goleadores recém-contratados pelo clube.

O último deles, o gaúcho Nicolas, hoje no Criciúma-SC e que já foi superado por Oliveira em número de gols marcados em uma só edição da Série B do Nacional, um indício de que o novo goleador pode ratificar, no futuro, a condição de ídolo da Fiel.

TRAJETÓRIA

Paulista nascido na capital daquele Estado, Diogo Oliveira, o candidato a ídolo da Fiel, começou a carreira profissional em 2018, no modesto Independente de Limeira-SP.

Depois, ainda no futebol paulista, veio a transferência do atleta para o Francana. A partir de 2020, o atacante iniciou um giro pelo futebol do exterior, passando, primeiro, pelo Plaza Colonia, do Uruguai, onde ficou por duas temporadas – 2020 e 2021 – e, depois, por outros dois anos no Pumas, do México.

De volta ao futebol brasileiro, em 2023, Oliveira ficou por apenas um ano no Coritiba-PR, sofrendo uma lesão no tendão de Aquiles, que o obrigou a passar por uma cirurgia, ficando afastado do futebol por algum tempo.

Recuperado, o jogador retornou para o Plaza Colonia, onde esteve antes de ser “descoberto” pelo Paysandu, dando sopa, como se diz, no mercado da bola.

O jogador não titubeia em afirmar que vive um grande momento em sua carreira profissional defendendo o Paysandu. “Tive um bom momento no Pumas (México), mas aqui, acredito que seja a minha melhor fase”, assegura Oliveira.

Proporcionalmente ao número de jogos e gols marcados pelo jogador em outras equipes que passou, este é o mais positivo na carreira do atleta.

Os dois gols que marcou em pleno “Couto Pereira”, com quase 23 mil torcedores no estádio, diante de sua ex-equipe, o Coritiba, ainda é lembrado pelo goleador.

“Foi um momento importante na minha vida, pois foi no estádio onde eu sofri a pior lesão de minha carreira e voltei ao estádio fazendo dois gols. É realmente muito positivo”, afirma.

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