O Paysandu perdeu pela 17ª vez na Série B do Campeonato Brasileiro. Desta vez, por 2 a 1 para o Avaí, em plena Curuzu, pela 34ª rodada. O resultado não mudou muita coisa na classificação, já que o clube segue na lanterna, com 27 pontos, e só não teve o rebaixamento confirmado porque América-MG e Athletic-MG, que estão próximos do Z-4, se enfrentaram. A queda é questão de tempo... e de gestão.
Mais do que a derrota, o que se viu foi um time sem alma. Mesmo com uma leve melhora no segundo tempo, o Papão caminhou em campo. Faltou vontade, entrega e, principalmente, respeito à camisa e ao dinheiro e amor do torcedor bicolor. O rebaixamento é questão de tempo, mas a honra precisa permanecer.
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Para piorar, o clube escolheu jogar com o uniforme preto, a "New Black", em um jogo que simbolizou um verdadeiro velório. Segundo o Paysandu, a camisa resgata uma linha lançada em 2016, com foco em inovação e sustentabilidade. Mas tradição não se inova: o Papão precisa vestir branco e azul em casa. Respeitar as cores também é honrar a história.

O elenco atual reflete o caos administrativo. Uma diretoria que promete muito, mas entrega pouco. Recentemente, o DOL revelou um prejuízo de R$ 18,8 milhões em 2024, e logo depois o clube simplesmente retirou o balanço financeiro do site oficial. Cadê a transparência e o respeito à instituição?
A insatisfação dos torcedores ganhou os arredores da Curuzu. Cartazes com o rosto de dirigentes foram espalhados, cobrando explicações, prestação de contas e mudanças urgentes. Roger Aguilera, Maurício Ettinger, Tony Couceiro e Manoel Acácio "Maneca" aparecem como alvos da revolta. O recado é claro: a torcida não aguenta mais o que está acontecendo.

Nem o gramado do Vovô da Cidade escapa da crise. "Reformado" por meses, o campo voltou a exibir buracos, lama e aparência de abandono. Um retrato fiel da atual gestão. É esse o Paysandu que prometeram? Não. Mas é o Paysandu que estão entregando.
Os números mostram o tamanho do desastre: em 34 partidas, o Papão soma 5 vitórias, 12 empates e 17 derrotas, com 31 gols marcados e 44 sofridos, saldo negativo de -13 e aproveitamento de apenas 26%. Em casa, o desempenho é ainda mais alarmante: duas vitórias em 17 jogos, o pior mandante da competição. Longe de Belém, a história se repete: apenas três vitórias em 17 partidas como visitante.
Enquanto isso, o maior rivail regional segue em outra realidade. O Clube do Remo, por exemplo, aparece na vice-liderança com 57 pontos, sonhando com o acesso. O contraste é cruel: enquanto um avança, o outro se apequena diante da própria incompetência.
O torcedor pede o básico: respeito, transparência e direito ao voto. Quer participar, cobrar, mudar. O modelo fechado e concentrado nas mesmas figuras precisa acabar. Um clube centenário não pode viver de improvisos e desculpas a cada entrevista.
Agora, o que resta é planejar 2026 com seriedade. A Série C será dura, e o amadorismo pode custar ainda mais caro. O torcedor está cansado de promessas. Quer ver o Paysandu voltar a ser o que sempre foi: grande, respeitado e com alma bicolor.

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