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MUITOS DESAFIOS 🐺

Baixa visibilidade será um desafio para o Paysandu na Série C

Clube encara forte redução de receitas, menor visibilidade e desafios estruturais em uma Série C pouco atrativa, que exigirá reconstrução profunda para 2026.

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Imagem ilustrativa da notícia Baixa visibilidade será um desafio para o Paysandu na Série C camera A visibilidade midiática reduzida da Série C será mais um dos inúmeros desafios a serem enfrentados pelo Papão em 2026. | Foto:Matheus Vieira / Paysandu

A queda do Paysandu para a Série C em 2026 não representa apenas um revés esportivo: o clube viverá também um impacto financeiro profundo, consequência direta de uma competição marcada historicamente por baixa atratividade, pouca visibilidade midiática e cotas muito inferiores às das divisões superiores. Com menos dinheiro, menos exposição e desafios estruturais dentro e fora de campo, o Papão iniciará o próximo ano diante de um dos cenários mais duros de sua história recente.

A realidade financeira da Série C explica grande parte desse contexto. Em 2025, cada clube participante recebeu R$ 1,2 milhão como cota de participação, além de uma cota extra de R$ 150 mil, totalizando R$ 1,35 milhão na primeira fase. Para equipes que avançam, os valores aumentam: R$ 312,5 mil extras para quem chega ao Top 8 e mais R$ 344 mil para os classificados ao quadrangular final. Há ainda a possibilidade de um apoio adicional de R$ 1,4 milhão — uma espécie de compensação no primeiro ano do rebaixamento, medida que pode beneficiar o Paysandu.

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Mesmo somando todos os valores em um cenário extremamente otimista, o montante segue muito distante do que o clube recebeu nos últimos 2 anos na Série B. Em 2025, cada participante da segunda divisão embolsou R$ 8,5 milhões apenas em direitos de transmissão. A diferença é brutal: o Paysandu tende a enfrentar uma queda superior a 60% em receitas televisivas, afetando diretamente orçamento, contratações, folha salarial e planejamento esportivo.

Campeonato com baixa atratividade

Essa disparidade financeira se soma ao problema estrutural que faz da Série C uma competição pouco atrativa. A categoria convive com baixo retorno comercial, limitação de patrocínios e premiações que não acompanham os custos operacionais de um torneio nacional. A fuga de talentos é outro reflexo visível: jogadores de maior destaque dificilmente permanecem na divisão e muitos dos que chegam utilizam o campeonato como vitrine rápida, gerando rotatividade e dificultando a formação de elencos competitivos.

A visibilidade midiática reduzida também pesa. Embora o torneio tenha transmissões em plataformas de streaming e canais fechados, a presença na TV aberta é mínima, mesmo com a presença de grandes clubes regionais . Isso impacta diretamente o valor de marca dos clubes, diminuindo o interesse de patrocinadores. Estádios com estrutura limitada e transmissões tecnicamente inferiores também influenciam na percepção geral do produto.

A média de público acompanha essa tendência: em 2025, a Série C registrou 3.466 torcedores por partida — a 4ª pior marca desde 2009, segundo dados levantados pelo site Sr. Goool. Mesmo com a força regional de alguns clubes, como Náutico, CSA, Guarani e Ponte Preta, que lideraram o ranking de público e faturamento, o cenário geral segue modesto. Para efeito de comparação, o líder Náutico levou 117,5 mil pagantes aos Aflitos e arrecadou R$ 3,6 milhões em bilheteria. No entanto, esses casos são exceções em uma competição cuja maioria dos times não alcança sequer três mil torcedores por jogo.

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Tentativa de valorizar o campeonato

Apesar das dificuldades, a CBF tenta valorizar o campeonato. Em 2025, um aporte extra de R$ 150 mil foi distribuído aos clubes, e a entidade apresentou um plano comercial visando fortalecer e modernizar a competição nos próximos anos. A adoção do VAR em fases decisivas e mudanças no formato também estão em debate.

Para o Paysandu, esse conjunto de fatores agrava um fim de ano já marcado por instabilidade e pressão. O rebaixamento ocorreu em meio a dificuldades técnicas, mudanças constantes no elenco e desafios administrativos que impediram o clube de se firmar na Série B. E os obstáculos não terminam em dezembro: em 2026, o Papão terá de lidar com orçamento reduzido, necessidade de reformulação profunda, cuidados redobrados com montagem de elenco e uma competição em que a margem de erro é mínima.

A missão é reconstruir o clube com um projeto esportivo sólido em meio a uma Série C que, apesar das tentativas de modernização, ainda oferece pouca atratividade, baixos retornos e risco elevado para quem não se adapta rapidamente. Para o Paysandu, cada passo em 2026 será decisivo — tanto dentro das quatro linhas quanto nos bastidores.

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