
Havia uma expectativa real de que o Clube do Remo poderia, enfim, consolidar sua ascensão na Série B. O time vinha forte, especialmente atuando em casa, onde ostentava uma invencibilidade robusta no Mangueirão.
Cinco vitórias e um empate em seis partidas sob seus domínios eram a credencial azulina para chegar embalado ao clássico Re-Pa, sonhando até com uma entrada no G-4 da competição. Mas o roteiro, que parecia promissor, virou drama. E o capítulo escrito na noite deste sábado (21) foi amargo para os azulinos.
O Leão entrou em campo buscando se reerguer da derrota sofrida na última rodada, fora de casa, diante do Athletico-PR. Na ocasião, o tropeço foi tratado como um acidente de percurso, algo dentro da normalidade da longa caminhada da Segundona, especialmente por ser o primeiro jogo após a saída do técnico Daniel Paulista - que optou pela transferência para o Sport Recife.
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Afinal, antes disso, o desempenho azulino dava motivos para otimismo, ocupando a 7ª colocação e apenas um ponto atrás do pelotão de acesso. Mas o revés no clássico para o maior rival, o Paysandu, não só representou a segunda derrota consecutiva na competição, como também carregou um peso simbólico difícil de ignorar: a quebra da invencibilidade no Mangueirão.
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Se havia um trunfo no desempenho do Remo até aqui, era justamente sua força como mandante. Até o clássico, nenhum adversário havia conseguido vencer o Leão em Belém. A queda, justamente para o arquirrival, não só dói no emocional, mas também levanta questionamentos sobre a estabilidade da equipe agora comandada por António Oliveira, que parecia ter encontrado um padrão de jogo competitivo nas primeiras rodadas.
IMPACTO NO AMBIENTE INTERNO
O impacto da derrota vai além dos números. Com o tropeço, o time azulino não apenas perdeu a chance de colar no G-4, como também vê a sequência de maus resultados ameaçar o ambiente interno, que até pouco tempo respirava confiança. Agora, o desafio do Remo é imediato: estancar a sangria antes que a boa campanha construída até aqui escorra pelos dedos.
O clássico, que poderia ter sido o ponto de virada após a queda diante do Athletico, acabou se transformando em um reflexo da instabilidade recente. E, como manda a cartilha do futebol, perder um Re-Pa costuma potencializar crises, acelerar cobranças e aumentar a pressão sobre elenco e comissão técnica.
O Remo, que sonha com o acesso, agora se vê obrigado a recalcular a rota. O sinal de alerta está aceso, e a resposta precisa vir rápido, sob pena de ver o sonho da Série A se transformar em mais uma frustração para sua apaixonada torcida.
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