
“Eu vejo gente morta. Com que frequência? O tempo todo”. O icônico diálogo do clássico ‘O Sexto Sentido’, protagonizado por Bruce Willis e Haley Joel Osment, poderia muito bem ser adaptado à realidade recente do Clube do Remo na Série B do Campeonato Brasileiro. É como se, a cada rodada, o Leão Azul conversasse com os times que flertam com a zona do rebaixamento e, mais do que isso: os revivesse. O roteiro tem se repetido com frequência desconfortável.
Apesar de estar na briga pela parte de cima da tabela, o Leão vem acumulando tropeços diante de adversários em crise técnica e emocional. Foi assim no empate em casa com o Volta Redonda por 1 a 1, em pleno Mangueirão, num jogo em que o adversário figurava entre os últimos colocados. Depois, veio a dolorosa derrota por 1 a 0 no clássico contra o Paysandu, então lanterna da competição. Mais recentemente, a queda por 2 a 0 diante da Ferroviária, que também vinha de uma sequência indigesta sem vitórias, escancarou um padrão que preocupa.
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Por isso, o confronto deste sábado (9) contra o América-MG, fora de casa, ganha contornos ainda mais delicados. O Coelho atravessa um momento de instabilidade: seis jogos sem vencer, sendo cinco derrotas consecutivas, além de uma recente demissão no comando técnico. Um cenário que, à primeira vista, pareceria favorável. Mas o retrospecto recente do Leão diante de adversários fragilizados indica o contrário e cobra vigilância redobrada.
Se quiser se manter competitivo na corrida pelo acesso, o Clube do Remo precisa, antes de tudo, romper essa espécie de pacto involuntário com quem está em queda livre. Nesse sentido, como no filme, ou a equipe comandada por António Oliveira se livra de uma vez por todas da ‘maldição’ ou seguirá dando moral para os integrantes da bacia das almas.
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