
Sexto colocado na série B do Campeonato Brasileiro, a quatro pontos do primeiro time do G4, a Chapecoense-SC, o Clube do Remo tem até aqui uma campanha muito boa na competição nacional. No entanto, nos últimos jogos o desempenho tem deixado o torcedor cada vez mais desconfiado da equipe. A gota d’água foi a derrota em casa para a Ferroviária-SP na semana passada. Neste sábado (09), o time azulino enfrenta o América-MG, em Belo Horizonte (MG), equipe que luta na parte de baixo da tabela contra o rebaixamento. Mesmo com a diferença de quase 10 pontos entre as equipes, a favor do Leão Azul, ambas entrarão em campo na Arena Independência, às 16h, sob muita pressão. A equipe da casa, um dos maiores investimentos da competição, luta desesperadamente para sair das últimas posições, já a visitante quer confirmar que pode ser, sim, uma das postulantes ao acesso, algo que vem sendo posto em dúvida nas últimas rodadas.
Para o jogo deste fim de semana, o técnico António Oliveira terá um desfalque certo e muito importante: o artilheiro da Segundona. O atacante Pedro Rocha recebeu o cartão vermelho na rodada passada e cumprirá suspensão automática. A contrapartida será o retorno do meia Régis, que foi expulso contra o Goiás-GO e voltou a ficar à disposição. Além disso, o Leão conta com o meia Diego Hernández, que vem em um trabalho intensivo de recuperação física há duas semanas, e o recém-contratado atacante Nico Ferreira, que foi relacionado mesmo tendo menos de uma semana de treinos com os novos companheiros.
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As mudanças podem não parar por aí. Kayky deve deixar a zaga, abrindo espaço para Reynaldo ou William Klaus. No meio, o volante Caio Vinícius deve reaparecer na equipe. A necessidade de vitória não passa somente de voltar a ficar próximo do G4, mas também pela continuidade da atual comissão técnica, que vem tendo o trabalho contestado por parte da torcida.
Capitão quer apagar má impressão
Dentre as modificações que o técnico António Oliveira deve promover no Clube do Remo para o jogo deste sábado à tarde, uma das mais prováveis é a volta do volante Caio Vinícius ao meio de campo. Por conta do desgaste físico, o jogador ficou no banco de reservas contra a Ferroviária-SP, entrando somente no segundo tempo da partida. Titular absoluto da equipe, Caio tem como ponto forte o poder de marcação em frente à zaga, o que garante uma estabilidade maior para as saídas de bola e criação de jogadas. É com esse intuito que ele retoma a posição e, para o jogo deste final de semana, o meio-campista sabe que o Remo entra em campo sob olhares de desconfiança, tendo que apagar a má impressão deixada nas duas últimas rodadas.
“Nós viemos de dois jogos com um sentimento amargo. Claro que contra o Goiás-GO, aquele empate da forma como foi, nos deixou realmente chateados, porque poderíamos sair vitoriosos, mas somamos contra o líder naquele momento e foi de sua importância. O resultado adverso no último jogo nós não esperávamos, mas como eu falei na primeira entrevista que dei aqui, que esse campeonato é muito difícil, uma competição de alto nível de todos os clubes”, disse. “Temos que manter a calma, pois sabemos que esses jogos vão ser cada vez mais difíceis. Independentemente da equipe que enfrentarmos, serão jogos difíceis. A competição tem se mostrado complicada e teremos jogos muito difíceis, tanto contra aqueles que estão brigando na parte de baixo, como aqueles que estão na parte de cima”.
Caio Vinícius destacou que, dessa vez, o elenco teve uma semana cheia para treinar e descansar entre um jogo e outro. O volante garante que os jogadores chegam mais inteiros e cientes do que podem fazer. “Nós devemos ter a cabeça no lugar para que essas situações não venham a desfavorecer a nós, mas ajudar. Com certeza tem um seu fator negativo, mas não querendo colocar desculpa em cima disso, mas sabemos que isso tem a sua questão a ser dita. Nós estamos com a cabeça boa, tranquila, para que possamos dar continuidade no nosso trabalho, fazer com que os resultados voltem a acontecer conosco”.
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Postura vencedora
Nas duas últimas rodadas, o Clube do Remo abusou de perder gols. No empate em 1 a 1 contra o Goiás-GO, fora de casa, foram desperdiçadas pelo menos quatro chances claras de gol, duas delas já sem o goleiro, algo que chamou muito a atenção da torcida. Na derrota de 2 a 0 para a Ferroviária-SP, em Belém, as chances diminuíram, mas elas ainda assim estiveram lá. O Leão poderia ter pelo menos chegado ao empate ou endurecido a partida se tivesse sido mais objetivo. Para a partida contra o América-MG, o desfalque do artilheiro do campeonato, o atacante Pedro Rocha, é enorme. E a missão de quem estiver em campo será a de tentar amenizar essa perda. O trio de ataque deve ter Mateus Davó, Marrony e uma novidade.
Os uruguaios Diego Hernández, que vem treinando há duas semanas, e Nico Ferreira, que chegou na véspera da viagem a Belo Horizonte (MG), disputam a última vaga. O primeiro é mais criador, o segundo é mais um ponta aberto pela esquerda. Caberá a António Oliveira escolher a melhor estratégia para a equipe. O que é certo entre os atletas é que passar mais uma vez em branco, criando e perdendo chances, definitivamente não está na agenda azulina.
“A nossa postura tem que ser vencedora, como a gente vem trabalhando, ser mais efetivo ali na frente também. Então, a gente sabe das nossas responsabilidades, trabalhando para que isso possa se reverter”, afirmou Davó, que prega cuidado total diante de um adversário em crise. “A gente sabe que é perigoso quando o clube vem assim, troca de treinador, crise, eles vêm para o jogo do tudo ou nada, então a gente tem que ter a cabeça fria para poder usar a melhor estratégia para vir com esse resultado”.
Davó admite os erros dos jogos passados e não passa pano para o que aconteceu, mas prega que disso há de sair ensinamentos para que, agora, o Remo consiga voltar ao caminho dos gols e, consequentemente, das vitórias. “Da última partida a gente leva de aprendizado que não existe time forte e time fraco na Série B. A gente tem que respeitar a todos. Acredito que a gente veio de uma sequência muito grande, pouco dia de descanso, mas nosso objetivo é um só, a gente não tem para onde fugir disso, continuar trabalhando para se tornar cada vez mais forte e as vitórias voltarem”.
Histórico favorável
Na história dos confrontos entre Clube do Remo e América (MG), o Leão leva vantagem sobre o Coelho. Ao todo, foram oito encontros na história, com três vitórias paraenses, três empates e dois triunfos mineiros. O primeiro jogo entre as equipes foi pelo Campeonato Brasileiro da primeira divisão de 1972, com um empate sem gols.
A primeira vitória do Remo veio cinco anos depois, 1 a 0 no estádio Mineirão, pela Série A - Copa Brasil, como era chamada na época - com gol do atacante Bira. A última partida entre as equipes foi pelo primeiro turno da Série B deste ano, no Mangueirão, com mais uma vitória remista, dessa vez por 2 a 0, com gols de Pedro Rocha.
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