
Desde o empate em 1 a 1 com o Botafogo-SP, no último sábado, 16, o Baenão virou uma espécie de caldeirão de tanta fervura e pressão. De um lado, os apoiadores pediam troca imediata de comando técnico; do outro, os que defendiam a permanência de António Oliveira no cargo de treinador do Clube do Remo.
A queda de braço pendeu para o lado do português, que ganhou um voto de confiança, mas um voto com viés um tanto quanto desconfiado. Para muitos remistas, o trabalho de Oliveira não vem sendo condizente com as expectativas.
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Por mais que o time azulino se mantenha muito perto do G4 e tenha conseguido, sob o comando técnico atual, suas duas únicas vitórias como visitante nesta Série B do Campeonato Brasileiro, os resultados em Belém têm sido decepcionantes.
Nem se conta a derrota no clássico, pois mal havia assumido o cargo, mas foram dois empates e uma derrota em casa, quase sempre contra equipes que estão na parte baixa da tabela.
Entre os jogadores, há a garantia da confiança no trabalho do comandante. Eles sabem que uma nova troca no ano, depois de Rodrigo Santana, Daniel Paulista e uma eventual saída agora, poderia não trazer os benefícios esperados da briga pelo acesso à primeira divisão do ano que vem.
Foi sob esse clima que o elenco se reapresentou nesta segunda-feira e começou os trabalhos visando o jogo do próximo sábado, na capital paranaense, contra o líder Coritiba.
"Da nossa parte, jogadores, nós temos total confiança na comissão técnica, no professor António. O trabalho que ele vem passando tem nos dado confiança, mostrando muita competência. É claro que o torcedor fica chateado pelo empate em casa, mas a tabela mostra que desde o início do campeonato nós estamos ali na pilha pelo G4. Acho que em nenhum momento nós nos afastamos dali e o campeonato não acabou. Sabemos da expectativa do torcedor e é a mesma nossa, e nós estamos trabalhando muito todos os dias para que possamos dar felicidade para eles ao final do campeonato", afirmou o volante Caio Vinícius.

"A culpa é de todos. Hoje a torcida está chateada com o treinador, mas nós jogadores também temos responsabilidade nisso. Nós precisamos melhorar em vários aspectos. Claro que muitas das vezes não é como nós queremos que aconteça dentro do jogo. Mas é preciso ter a cabeça no lugar. Nós temos em mente o acesso para a Série A", completou o meio-campista.
O cabeça-de-área destaca que o sentimento de frustração que permeou parte da torcida também se fez presente no elenco. Mas que eles, atletas, não têm tempo de lamentar e, sim, voltar logo aos treinos e pensar no próximo compromisso.
"O torcedor tem o direito, claro, de estar chateado nesse momento. Mas que eles possam entender também que nós somos muito constantes. Nós nos mantemos na briga, nunca nos distanciando do G4 e temos que valorizar isso, e continuar acreditando", pontuou.
Antes de uma possível parada por causa de Data Fifa, que pela primeira vez deve afetar a Série B, o Remo terá dois confrontos seguidos contra equipes da parte de cima da tabela.
Primeiro com o líder Coritiba-PR, fora de casa, e depois com o Criciúma-SC, em Belém, que está parelho com o Remo na disputa pelas primeiras posições. Desafios encarados como dos mais complicados.
"São duas equipes difíceis, dois jogos difíceis, mas acho que nós estamos preparados para poder fazer o nosso resultado, que é a vitória. A gente vai trabalhar e pensar nesse jogo com o Coritiba-PR e buscar a vitória fora de casa. Acho que nós tivemos esses percalços dentro de casa, mas conseguimos buscar recuperar os pontos com o América-MG, fora de casa. Nós temos outra oportunidade para poder fazer isso mais uma vez", confirmou Caio Vinícius.
O volante comentou sobre as contas que ele e os companheiros vêm fazendo há tempos em busca do acesso. Para ele, o Leão Azul precisa de uma sequência de resultados positivos para poder engrenar de vez rumo ao G4.
"Com certeza nós fazemos a matemática. Acho que o que tem nos incomodado bastante é que nós ainda não conseguimos fazer essa sequência de vitória em duas, três seguidas. E acho que isso tem feito com que nós ainda não tenhamos voltado ao G4, mas nós estamos em busca disso. Acho que essa é a nossa mentalidade de conseguir fazer essa sequência de vitórias para que possamos adentrar ali e consequentemente distanciar ainda mais daqueles que venham depois de nós", finalizou.
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