Guto chega ao quinto acesso e entra para a história do Remo

Ao longo dos 120 anos de existência no futebol brasileiro, o Clube do Remo tem grande nomes de treinadores que marcaram época durante essa trajetória. Profissionais do gabarito de Paulo Bonamigo, Roberval Davino, Waldemar Cabarina, Cacaio, Paulo Amaral, João Francisco, Givanildo Oliveira, Rodrigo Santana ficaram eternizados na mente dos torcedores. E agora um novo nome fica marcado: Guto Ferreira.

No último domingo (23), o treinador escreveu mais um dos capítulos mais importantes de sua carreira e na história recente do Clube do Remo. Contratado no fim de setembro, em meio a um ambiente de pressão e desempenho instável, o treinador assumiu um time desacreditado e o transformou em protagonista da arrancada que culminou no tão sonhado retorno à Série A do Campeonato Brasileiro.

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Pouco mais de dois meses após desembarcar em Belém, Guto conseguiu reorganizar o coletivo, recuperar a confiança do elenco e corrigir rumos que pareciam irreversíveis. A resposta foi imediata: o Remo reencontrou competitividade, solidez e resiliência — fatores decisivos para conquistar o acesso diante do Goiás no Mangueirão.

Após o apito final, Guto foi cercado por torcedores que invadiram o gramado para comemorar a volta à elite. Emocionado, o técnico destacou o caráter coletivo da conquista: “Fui apenas uma peça da engrenagem.” Agradeceu à diretoria, comissão técnica e jogadores por acreditarem no processo, mesmo nos momentos mais turbulentos.

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Recordista histórico

Com o acesso azulino, Guto Ferreira alcançou uma marca expressiva: igualou Givanildo Oliveira - que tem o nome gravado na história do futebol paraense em Remo e principalmente no Paysandu - como o técnico com mais subidas à Série A no futebol brasileiro. A façanha coloca Guto no seleto grupo dos maiores especialistas em acesso do país. Pois agora são cinco acessos, conquistados por:

• Ponte Preta (2014)
• Bahia (2016)
• Internacional (2017)
• Sport (2019)
• Remo (2025)

Redenção após momento crítico

Quando assumiu o comando, o Leão vinha de uma derrota dolorosa para o Volta Redonda dentro do Baenão. Foi nesse cenário que Guto instaurou uma mudança de mentalidade. Segundo ele, a virada começou quando o grupo entendeu que precisava “entregar mais” para continuar vivo. Do caos à euforia, da desconfiança à celebração, Guto Ferreira selou seu nome na história azulina.

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