A temporada 2025 mal terminou, com a festa após o retorno do Clube do Remo à Série A, mas a expectativa para o próximo ano já toma conta de todos os azulinos. Por trás da comemoração azulina, um adversário silencioso começa a se impor antes mesmo do apito inicial: a geografia. Em uma competição marcada por equilíbrio técnico, logística pesada e calendário apertado, o Leão será o único representante da Região Norte na elite, uma condição que carrega tanto orgulho quanto um preço alto.
Se em campo o desafio é enfrentar gigantes tradicionais do futebol nacional, fora dele o clube já sabe que lidará com um obstáculo que nenhuma outra equipe enfrentará na mesma intensidade: as distâncias colossais entre Belém e o restante do Brasil futebolístico.
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Ainda que todos os 20 participantes da edição 2026 não estejam oficialmente definidos, uma certeza já se impõe — o Remo será o time que mais viajará ao longo da competição. Não apenas pelos trajetos longos, mas pela repetição constante de deslocamentos que atravessam o país de ponta a ponta, transformando o Norte–Sul brasileiro em um corredor aéreo azulino. Na edição atual, esse posto pertence a Ceará e Fortaleza, mas a partir do ano que vem será Belém o ponto mais afastado do eixo competitivo, a milhares de quilômetros de praticamente todos os adversários.
Seja rumo ao Sul, enfrentando times de Porto Alegre (Grêmio e Internacional) Curitiba (Athlético e Coritiba) e Chapecó (Chapecoense), ou então cruzando o Sudeste e o Centro-Oeste para duelos em Belo Horizonte (Atlético-MG e Cruzeiro), Rio de Janeiro (Flamengo, Botafogo, Vasco da Gama e Fluminense), São Paulo (Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Mirassol, RB Bragantino e Santos*), o Leão terá um calendário contínuo de travessias aéreas, retornos rápidos para Belém e nova partida em outra região distante. Em muitos casos, cada rodada significará mais de 6 horas entre aeroportos e conexões, encurtando o tempo de recuperação física e aumentando o desgaste natural de uma temporada já extenuante.
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Para um clube recém-chegado da Série B, a maratona não será apenas estatística: impactará no planejamento e na preparação ao longo do ano. Enquanto outras equipes viajam por trechos menores, o Remo terá semanas em que literalmente cruzará o país duas vezes entre um jogo e outro — um cenário que transforma logística em estratégia e coloca o departamento de performance como peça-chave na campanha azulina.
Em 2026, o Remo não terá apenas adversários dentro de campo. Sua batalha começará muito antes, em cada embarque. E, entre Belém e o restante do Brasil, o Leão precisará mostrar que também sabe vencer onde poucos conseguem: no cansaço das grandes distâncias, no tempo curto de recuperação e na resiliência de quem carrega a bandeira do Norte sozinho na elite do futebol nacional.
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