A arrancada histórica que levou o Clube do Remo de volta à Série A em 2026 tem nome e sobrenome: Guto Ferreira. O treinador, que assumiu o comando em meio a uma fase instável, transformou o ambiente azulino e conduziu o time a seis vitórias consecutivas, sequência que encaminhou o acesso confirmado no último domingo (23), no Mangueirão.
Ao ser entrevistado na última segunda-feira (24), no canal Band Sports, do Grupo Bandeirantes de Comunicação, o treinador inicialmente fez uma projeção com relação ao futuro azulino na elite do futebol nacional, no qual avalia a parte estrutural com perspectivas do Clube do Remo ir ainda mais além de 2026 na primeira divisão.
"Primeiro acho que mentalidade sim, vontade sim, condições de se fazer sim! Corre contra o tempo na busca de melhores estruturas e condições, mas quando se quer, as possibilidades se agigantam. E competência para isso existem dentro do clube, então é uma corrida contra o tempo, mas com pensamento voltado para se conseguir, é possível sim, o Remo fazer uma competição de bom nível e se manter para o próximo ano", disse.
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Guto também destacou a importância do mando de campo na recuperação remista. Mesmo com passagens por grandes clubes do país, alguns com torcidas nacionais como Bahia-BA e Internacional-RS, Guto Ferreira fez uma revelação surpreendente ao falar sobre os 47 mil remistas que estiveram no estádio estadual e o quanto isso ajudou a equipe.
"O primeiro fator foi ir atrás da confiança que o time perdeu. “Em um segundo momento, a mudança foi fazer valer o mando de campo. Esses dois fatores — mando e confiança — impulsionaram a equipe. O time foi se organizando, defendendo melhor. E acho que fizemos gols em todos os jogos. Eu vou falar um negócio: a meu favor foi o maior público. Eu já tinha trabalhado com grandes públicos, mas não com um desse jeito ao meu favor. Vou agradecer muito a Deus por esse momento.
Renovação: prioridade absoluta da diretoria
O início do planejamento já começou nesta segunda-feira (24), menos de 24 horas após o acesso. Com o calendário de 2026 apertado por conta da Copa do Mundo, a Série A começa em 28 de janeiro, o que acelera decisões sobre permanências, saídas e contratações. Oficialmente, Guto não tem contrato para 2026, mas conversas devem acontecer “entre hoje e amanhã”, como revelou o próprio treinador.
"O que temos até o momento é a intenção de sentar, entre hoje e amanhã, para conversar. E o trabalho não para. Posso não estar aqui, estar em São Paulo, mas com a tecnologia de hoje em dia, o trabalho acontece o tempo todo. E, à medida que as coisas evoluírem, vão evoluir também as diretrizes do trabalho", destacou o treinador.
A força e intensidade paraense
Internamente, o Remo já trata sua permanência como prioridade máxima. A diretoria está ciente de que o patamar mudou — a Série A exige elenco mais qualificado, maior investimento e ajustes imediatos no planejamento. No entanto, Guto afirma que jamais esquecerá o que viveu no Baenão e no Mangueirão nesta passagem curta, porém marcante.
“Eu nunca neguei essa força, essa situação externa do acreditar até o último instante. Eu já falei da força do paraense e foi mais uma demonstração. Com certeza isso trouxe uma segurança, uma confiança para o atleta de não se entregar. De entender que até o último momento tinha que entregar o melhor de cada um e aí o melhor aconteceu e essa festa maravilhosa”, comentou Guto.
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