O acesso do Clube do Remo à Série A do Campeonato Brasileiro, alcançado com a 4ª colocação na Série B de 2025 e 62 pontos conquistados, não é apenas uma vitória técnica, financeira ou administrativa. É também — e sobretudo — uma vitória simbólica. Depois de 31 anos longe da elite, o Leão voltou ao topo impulsionado por um grupo que conhece como poucos a dor, a luta e a esperança da torcida azulina.
Nesse contexto, alguns atletas vivenciaram na pele a trajetória remista do sofrimento ao apíce da emoção, de forma literal. Foram eles que permaneceram quando o clube ainda buscava estabilidade, que viveram o primeiro acesso e que agora, dois anos depois, celebram o retorno à Série A. E quatro deles — Marcelo Rangel, Sávio, Jaderson e Pavani — estiveram em campo na vitória por 3 a 1 sobre o Goiás.
Conteúdo relacionado
- Remo conquista dois acessos seguidos e Tonhão faz história
- Clube do Remo divulga bastidores emocionantes do acesso à Série A
Marcelo Rangel – O muro azulino e protagonista da arrancada
Aos 37 anos, Marcelo Rangel foi o remanescente mais decisivo e talvez o maior símbolo de superação da temporada. Jogou 50 dos 53 jogos do Remo no ano — e só não atuou mais porque viveu um drama médico. Na 33ª rodada, sofreu uma lesão grave no menisco após choque com Ronaldo Tavares (Athletic-MG). A previsão era de fim de temporada.
Mas Rangel virou notícia nacional ao fazer o impossível: voltou após apenas 12 dias de cirurgia, retomou a titularidade e liderou o setor defensivo até o acesso. Somando as duas temporadas no clube, ele já contabiliza 94 partidas, consolidando-se como uma lenda recente do gol remista.
Jaderson – Superação, retorno emocionante e gol salvador
A temporada de Jaderson foi marcada pela resiliência. O meia-atacante atuou em 40 jogos em 2025 sob o comando de quatro diferentes treinadores, mas viveu um drama: sofreu uma concussão grave na final do Parazão, em maio, e ficou dez dias internado, alguns deles na UTI.
Retornou com cautela e protagonizou um dos momentos mais comoventes da campanha: aos 45 minutos do segundo tempo, marcou o gol da vitória sobre o Operário-PR, fora de casa — três pontos que foram decisivos para o acesso. Aos 25 anos, já soma 82 jogos pelo Remo.
Pavani – O 12º titular, a energia do banco e peça-chave no acesso
Pavani foi um dos jogadores mais utilizados saindo do banco: 11 entradas, atrás apenas de Régis e Janderson. No jogo do acesso, repetiu o papel que se tornou assinatura: entrou no segundo tempo e mudou a dinâmica do meio-campo. Na Série B, marcou dois gols e serviu duas assistências, acumulando 75 partidas pelo Leão. Sua entrega, intensidade e capacidade de alterar o ritmo das partidas o transformaram em um dos motores do elenco.
Léo Lang – O reserva seguro que nunca deixou o time na mão
Com 27 anos, Léo Lang viveu em 2025 sua temporada mais ativa pelo Remo. Disputou posição com Ygor Vinhas, mas sempre foi chamado nos momentos críticos. Entrou em campo quatro vezes, incluindo a partida em que substituiu Rangel após a lesão e também foi titular contra o Cuiabá. Seguro, discreto e regular, tornou-se peça importante em uma posição que exige confiança absoluta.
Sávio – Consistência, evolução e 43 jogos de firmeza na lateral
Contratado ainda no final da Série C de 2024, Sávio permaneceu no elenco e ganhou cada vez mais espaço. Em 2025, dividiu minutos com Alan Rodríguez e Jorge, mas terminou como peça fundamental. Foram 22 jogos como titular, com direito a um gol e uma assistência na Série B. Soma 43 partidas pelo clube e se consolidou como um lateral seguro e competitivo.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Comentar