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Vinícius briga na Justiça contra o Remo e cobra R$ 1 milhão; clube se defende

Goleiro aciona clube por salários atrasados, FGTS, premiações e direito de imagem. Defesa do clube alega ter tentado acordo diversas vezes, mas sem sucesso.

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Imagem ilustrativa da notícia Vinícius briga na Justiça contra o Remo e cobra R$ 1 milhão; clube se defende camera Vinícius vestiu a camisa do Leão Azul por 7 anos, tornando-se ídolo histórico do clube. | Samara Miranda/Clube do Remo

O período que costuma marcar a preparação do Clube do Remo para a próxima temporada ganhou um capítulo jurídico relevante. Enquanto a diretoria trabalha na montagem do elenco e em questões estruturais para 2026, o clube passou a lidar com uma ação trabalhista movida pelo goleiro Vinicíus, um dos maiores ídolos da história recente do Leão, que atuou pelo clube entre 2017 e 2024.

O atleta ingressou na Justiça do Trabalho cobrando R$ 1.065.512,80 em verbas supostamente não pagas, incluindo salários, diferenças de direito de imagem, FGTS e premiações. O processo, repleto de contratos, extratos bancários e planilhas anexadas, já está em andamento na 13ª Vara do Trabalho de Belém. Clube alega ter tentado acordo diversas vezes, mas sem sucesso.

Na ação, a defesa de Vinícius sustenta que viveu anos de irregularidades trabalhistas no clube, especialmente durante seu último contrato, que vigorou de 2021 a 2024. Ele afirma que diversos pagamentos foram feitos de forma global, sem discriminação de rubricas, configurando o chamado “salário complessivo”. O atleta aponta ainda diferenças salariais mensais, embasadas em extratos bancários anexados. Um dos principais alvos da reclamação é o direito de imagem, que, segundo ele, teria sido utilizado para mascarar salário, já que os valores pagos superariam o limite legal de 40% e não haveria comprovação de exploração efetiva de sua imagem.

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Assim, o goleiro pede a integração total — ou ao menos parcial — dessa verba ao salário, com reflexos em férias, 13º, FGTS e demais parcelas. Somente as diferenças remuneratórias somariam cerca de R$ 335 mil, segundo a planilha apresentada.

Férias, 13.º, FGTS e premiações

O jogador afirma ainda que não usufruiu nem recebeu corretamente as férias referentes aos períodos 2021/2022 e 2022/2023, pedindo pagamento em dobro, além de reclamar o pagamento das férias simples relativas ao último período contratual. Ele também aponta ausência de pagamento dos 13º salários de 2021 (parcial), 2022 e 2023, além de premiações que, segundo ele, foram prometidas por conquistas como a Copa Verde de 2021 e o Campeonato Paraense de 2022, ambas no valor de R$ 5 mil cada. Com o fim do vínculo em março de 2024, o goleiro afirma ainda não ter recebido verbas rescisórias, estimadas em cerca de R$ 19,6 mil, incluindo salários e parcelas proporcionais.

Outro ponto de destaque é o FGTS. A defesa do ídolo remista anexou extratos que, segundo ele, demonstram recolhimentos apenas nos meses de novembro e dezembro de 2023, deixando quase toda a vigência do contrato sem depósitos. Ele pede que o clube seja condenado ao pagamento integral dos valores devidos, incluindo reflexos e recolhimentos rescisórios, além da liberação via alvará judicial. O atleta também solicita a aplicação da multa prevista no art. 477 da CLT, alegando atraso na entrega dos documentos e no pagamento das verbas devidas. O valor estimado para os depósitos faltantes seria de R$ 36,5 mil.

Danos morais e demais pedidos

Vinícius pede indenização por danos morais, argumentando que a mora salarial reiterada, somada ao atraso ou ausência de pagamento de verbas essenciais, afetou sua dignidade e segurança financeira. Ele sugere uma indenização equivalente a uma remuneração — aproximadamente R$ 48 mil — ou valor que o juiz entender adequado.

Na parte processual, o goleiro requer a concessão de justiça gratuita, isenção de honorários sucumbenciais conforme decisão do STF (ADI 5766) e pede que todo o trâmite seja realizado no juízo 100% digital, com audiências telepresenciais devido à localização da sua advogada. A petição reúne diversos documentos, incluindo contratos, procuração, declaração de hipossuficiência, extratos bancários, extratos de FGTS e planilhas de valores.

Audiência já marcada

O processo já tem audiência inicial marcada para 2 de março de 2026, às 9h50, em formato telepresencial, conforme notificação anexada.

O que dizem as defesas?

O DOL entrou em contato com a advogada Manoella Molon, que representa Vinicius no processo, e ela afirmou que: “O atleta buscou, por quase 2 anos (prazo limite para ajuizamento de ação), todas as alternativas possíveis para resolver as pendências de forma amigável, evitando ao máximo recorrer ao Judiciário. Apesar de todos os esforços e da disposição para o diálogo, não houve êxito, restando apenas a via judicial”, explicou.

Do outro lado, o DOL também procurou o Clube do Remo, que, por meio de seu departamento jurídico, disse o seguinte: “Desde que a gestão atual assumiu, mantivemos inúmeros contatos e reuniões para tentar resolver a rescisão contratual do Vinícius. O clube propôs várias vezes pagar absolutamente todos os direitos do atleta, mas não houve a concordância. Agora, munido das informações e documentos que possui, o clube irá demonstrar isso no processo e acredita firmemente que se alcançará essa conclusão no processo. Vamos mostrar tudo que foi pago ao profissional”, manifestou o clube.

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Contexto dos contratos

O goleiro teve três vínculos com o Remo citados na ação: o primeiro de 2019 a 2020, outro entre 2020 e 2021 e um último, mais extenso, entre 2021 e 2024, período que concentra praticamente todas as reclamações. De acordo com o contrato mais recente, Vinícius recebia salário de R$ 12 mil e direito de imagem que poderia chegar a R$ 33 mil mensais após a volta do público aos estádios. Ele afirma que diversas cláusulas contratuais deixaram de ser cumpridas, sustentando seus pedidos com documentos anexados.

Vinícius desembarcou no Remo em 2017, atendendo a um pedido do então técnico Josué Teixeira. Ao longo de sua passagem, acumulou 250 partidas com a camisa azulina e acabou se tornando um dos grandes nomes da equipe. Durante esses anos, o goleiro foi o titular absoluto da posição e participou de importantes conquistas do clube, incluindo os títulos do Campeonato Paraense de 2018, 2019 e 2022, a Copa Verde de 2021 e o acesso à Série B em 2020.

Agora, o clube aguarda a audiência para apresentar sua defesa e contestar os valores apontados pelo atleta. Caso não haja acordo, caberá ao juiz analisar os contratos, extratos, cálculos e demais documentos apresentados para determinar se o Remo deverá arcar com os mais de R$ 1 milhão cobrados.

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