A direção do Clube do Remo se viu obrigada a reagir a uma onda de especulações que tomou as redes azulinas nos últimos dias. Circulavam informações de que o Leão avaliaria migrar para o formato de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o que, segundo a diretoria, não corresponde a nenhuma movimentação interna.
A resposta veio rápida: o Filho da Glória e do Triunfo afirma que não discute, não cogita e não estuda qualquer alteração no modelo associativo. O desmentido ocorre justamente no momento em que o clube vive um dos períodos mais decisivos da história recente.
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Depois de 32 anos longe da elite, o Leão chega a 2026 com a missão de se manter na Série A, obtendo uma perspectiva financeira inédita graças ao novo sistema de direitos de transmissão. TV fragmentada muda o jogo e pode transformar as finanças azulinas.
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A partir de 2025, a venda dos direitos do Brasileirão passou a ser dividida por blocos, e não mais por liga unificada ou acordos isolados. O Remo integra a Libra, que fechou acordo com o Grupo Globo por um valor anual de R$ 1,17 bilhão, válido até 2029.
Além disso, os clubes recebem 40% da receita líquida do pay-per-view, uma fatia bem superior à oferecida no bloco rival, a LFU. A distribuição interna da Libra segue a fórmula 40–30–30:
- 40% iguais para todos os clubes do bloco na Série A;
- 30% pelo desempenho na tabela;
- 30% conforme audiência e exposição.
Mas quanto o Remo vai ganhar nisso tudo? O retorno remista à elite do futebol brasileiro acendeu um alerta silencioso, mas estratégico dentro da Libra e da própria Globo.
A ascensão do clube paraense, que passa a integrar o bloco de times do grupo na Série A, levou a entidade a um cenário não previsto claramente no contrato assinado com a emissora.
O impasse foi trazido pelo jornalista e colunista do UOL, Rodrigo Mattos, que, de acordo com o contrato firmado entre Libra e Globo, não há qualquer previsão de aumento automático no valor pago pela emissora caso haja incremento no número de times do grupo na Série A.
Com o Remo na elite, a Libra agora conta com 10 clubes, mas o bolo financeiro permanece o mesmo, que será distribuído em 2026. Em outras palavras: mais gente para dividir a mesma quantia, o que significa perda real de receita por equipe que já está na elite.
Nos bastidores, dirigentes da Libra afirmam que abrirão uma conversa com a Globo para tentar reverter esse quadro. A entidade trabalha com a ideia de que é possível defender uma interpretação favorável ao aumento, ainda que essa tese não esteja ancorada de forma explícita no texto do acordo.
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