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Bolsonaro tem 48 horas para explicar ida à embaixada hungara

O Ministro Alexandre de Moraes deu prazo de dois dias para o ex-presidente brasileiro explicar porquê passou duas noites na baixada da Hungria.

Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro tem 48 horas para explicar ida à embaixada hungara camera Bolsonaro e Órban em visita à Hungria em fevereiro de 2022 | (Foto: Alan Santos/PR)

O jornal New York Times revelou ontem, (24), que o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, permaneceu dois dias na embaixada da Hungria. O título da reportagem afirma que o político é alvo de investigações e que se escondeu na embaixada em uma aparente busca por asilo.

No dia 12 de fevereiro, quatro dias depois de a Polícia Federal recolher o passaporte do ex-presidente, ele aparece nas imagens chegando de carro. Minutos depois, apareceu ao lado do embaixador Miklós Halmai e mais dois homens. Uma hora mais tarde, o jornal afirma que funcionários da embaixada carregaram roupas de cama. No dia seguinte, Bolsonaro aparece mexendo no celular. Já na tarde do dia 14, ele caminhou até o carro que partiu em seguida.

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Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro declarou que ele mantém um bom relacionamento com o Primeiro Ministro Viktor Órban, com quem se encontrou na posse do argentino Javier Milei. Ele disse que foi convidado a se hospedar na embaixada onde nos dois dias conversou sobre o cenário político dos dois países. A Embaixada da Hungria, não se pronunciou e durante a tarde, o embaixador foi chamado a comparecer ao Itamaraty e não deu declarações ao sair.

A Polícia Federal vai apurar se ele violou alguma proibição. O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48h para o ex-presidente Jair Bolsonaro explicar por que passou duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília.

Alexandre de Moraes é relator do inquérito que investiga Bolsonaro, políticos e militares por tentativa de golpe de Estado. No âmbito desse inquérito, no dia 8 de fevereiro, o ministro determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente, para que Bolsonaro não deixasse o país. Alguns dias depois, entre 12 e 14 de fevereiro, Bolsonaro ficou hospedado na embaixada da Hungria. A informação de que Bolsonaro teve uma estadia de dois dias na embaixada foi publicada em reportagem do jornal The New York Times. A publicação revelou imagens das câmeras de segurança.

O direito internacional são áreas invioláveis pelo direito internacional, Bolsonaro só poderia ser alcançado por agentes brasileiros, em caso de uma nova operação, com o consentimento do governo húngaro. O ex presidente é próximo politicamente e ideologicamente do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, político de extrema-direita. Durante seu mandato, ele chegou a chamar Orbán de "irmão".

Depois da publicação da reportagem, a defesa do ex-presidente admitiu a estadia de Bolsonaro entre os húngaros. No comunicado divulgado à imprensa, os advogados do ex-presidente disseram que ele "passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília para manter contatos com autoridades do país amigo" e que, no período, o ex-presidente "conversou com diversas autoridades húngaras "atualizando os cenários políticos das duas nações".

Após o evento, no Centro de São Paulo, Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre o caso. "Por ventura, dormir na embaixada, conversar com embaixador, tem algum crime nisso?", questionou o ex-presidente.

POLÍCIA FEDERAL VAI INVESTIGAR

Andrei Rodrigues, o diretor-geral da Polícia Federal, afirmou que a corporação vai apurar se, ao dormir na embaixada da Hungria, Bolsonaro desobedeceu alguma proibição imposta pelo STF no inquérito do golpe de Estado. "No bojo do inquérito do golpe, precisamos apurar o ocorrido, para verificar se violou alguma proibição imposta pelo STF", afirmou Rodrigues ao blog da Ana Flor.

MIKLÓS HALMAI É CHAMADO PARA CONVERSA

O Palácio do Itamaraty, (Ministério das Relações Exteriores), chamou para uma conversa nesta segunda o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, em decorrência da revelação da hospedagem de Bolsonaro na embaixada. Halmai se reuniu com a titular da Secretaria de Europa e América do Norte, Maria Luisa Escorel. O Palácio do Planalto também foi comunicado sobre a reunião. Na diplomacia, o simbolismo de chamar um embaixador para conversas depende do contexto. Nesse caso específico, o Brasil queria a prestação de informações claras e detalhadas sobre a ida de Bolsonaro à embaixada. Como, por decisão do governo, não foi nem o presidente Lula que chamou o embaixador nem o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o peso diplomático é menor.

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