A figura paterna é fundamental para a formação emocional e para a construção de vínculos afetivos. Mas em muitas famílias, essa figura é ausente, tornando o Dia dos Pais, celebrado neste domingo (11), bem difícil para os filhos.
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O psicólogo do Hapvida, André Assunção explica a importância de um pai presente desde a gestação da criança, para que no futuro, a vida afetiva entre pai e filho esteja estrutura.
“O pai será sempre uma admiração ao filho e a sensação de proteção se estenderá à vida adulta. Sendo esse pai amoroso, caloroso e sensível com o filho ou filha”, ressalta.
André afirma ainda, que formar vínculos é tarefa imperativa na vida da criança, pois a ausência do vínculo pode gerar sentimentos de vazio, tristeza e problemas emocionais futuros, como abandono, angústia e autoestima baixa, por exemplo.
“É importantíssimo que o pai esteja desde a gestação da criança, que afague, beije, abrace, carregue e cuide desde o nascimento. A figura paterna é fundamental para a construção de vínculos afetivos entre os filhos. O pai é uma figura de proteção, admiração e até mesmo, no imaginário dos filhos, de ‘super-herói’”, destaca.
Qualidade da presença faz a diferença!
Segundo o especialista, ainda há situações em que a ausência do pai ocorre dentro do ambiente familiar, mesmo ele estando presente.
Os motivos, de acordo com o psicólogo, são variados e vão desde a imaturidade do homem, como a dificuldade de se colocar como responsável por uma vida, no caso o filho.
“A presença de um pai na vida infantil gera sentimentos fundamentais para que uma criança cresça forte e com um emocional estruturado. É a qualidade da presença do pai que faz a diferença. Pais que interagem, brincam, orientam, beijam, abraçam, sorriem para um filho, ofertam qualidade de vida futura a esse sujeito. Pais assim serão lembrados de uma maneira positiva e saudável ao emocional”, garante.
Com os diferentes modelos familiares, atualmente, muitos pais são solteiros ou devido à separação entre os casais, a criação é totalmente modificada. Mas, para o psicólogo, não viver com o cônjuge não exatamente deve significar a ausência deste pai.
“Se for um pai solteiro, as relações de afeto e amor se construirão da mesma forma. Contudo, com a ausência feminina, o pai terá que superar algumas funções sociais. Porém, o pai não substitui a figura materna. Uma mãe e um pai são insubstituíveis, pois se trata de figuras sociais e emocionais. A ausência de um deles não representa sofrimento se o cuidador, pai ou mãe, for presente e amoroso”, explica Assunção.
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Transtornos emocionais
O especialista da Hapvida enfatiza ainda, que a ausência da figura paterna pode gerar transtornos emocionais na vida dos filhos, principalmente quando a ausência é marcada por traumas, abandonos e uma imagem denegrida, por parte da mãe ou familiares,
“Isto gera sentimentos de angústia, tristeza e mal-estar emocional. Fatores que podem ser tratados num processo terapêutico”, orienta.
Segundo o psicólogo, há situações em que o filho não sente falta do pai devido a outros sujeitos cumprirem as funções de paternidade, como avós, tios e outros familiares.
“Podemos dizer que cumpriram funções e preenchimento desses afetos necessários, mesmo não existindo substituição de pai ou mãe. Existe a substituição da figura que esse pai cumpriria na vida dele. Uma mãe ou um pai que cuide sozinho de um filho não precisa criar expectativas de ser os dois ao mesmo tempo, pois, assim terão medo de falhar, de serem insuficientes”, conclui.
Reportagem: Andressa Ferreira
Edição: Fabiana Batista
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