O exame de sangue do cachorro da família será um dos artifícios usados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para ajudar na investigação da morte do pastor evangélico Anderson do Carmo, assassinado com 30 tiros, na madrugada do último domingo (16). Anderson era marido da deputada federal Floderlis (PSD).

No momento em que o crime foi cometido, o cachorro da família estava aparentemente dopado, por isso a perícia no sangue do cachorro foi solicitada pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.

Outro detalhe observado pelos investigadores é que o portão da garagem estaria aberto, mesmo em uma região perigosa, onde houve vários assaltos, segundo a própria deputada.

Filhos de pastor são suspeitos

A principal linha de investigação da polícia carioca é o envolvimento de dois dos 55 filhos do pastor (51 deles são adotados) na morte. A dupla suspeita foi presa na manhã desta segunda-feira.

Os suspeitos são Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos, filho biológico da parlamentar, que tinha contra si um mandado de prisão por violência doméstica, e Lucas dos Santos, de 18 anos, responde por um crime análogo ao tráfico de drogas, que teria cometido quando ainda era menor de idade.

Os peritos identificaram 30 perfurações de bala calibre 9mm no corpo da vítima:

Mãe não acredita em versão da polícia

Uma das linhas de investigação aponta que Anderson foi morto por causa de uma desavença na família: a descoberta de um suposto relacionamento extraconjugal do pastor teria revoltado alguns dos filhos do casal.

No entanto, durante o enterro, Flordelis ficou indignada ao saber dessa versão e voltou a afirmar que o marido foi vítima de uma tentativa de assalto. Os criminosos, que entraram pela garagem, usavam capuzes e nada levaram.

Homicídio

O crime aconteceu por volta das 4h de domingo, pouco depois de o casal chegar em casa, após participar de uma confraternização. A deputada contou a PMs que, quando passava de carro com o marido pelo bairro de São Francisco, em Niterói, teve a impressão de que duas motocicletas os seguiam.

Instantes após o casal entrar em casa, no bairro de Pendotiba, Anderson, segundo Flordelis, voltou à garagem para buscar algo que havia esquecido dentro do carro. Foi nesse momento que recebeu dezenas de tiros. A deputada também havia dito que ele abriu um portão, mas, nesta segunda-feira, afirmou que a garagem de casa costumava ficar destrancada.

Para a polícia, alguns fatos reforçam a tese de que o assassinato pode ter sido passional. De acordo com o laudo cadavérico do Instituto Médico-Legal, o pastor levou vários tiros na região pélvica — peritos, contudo, não confirmam se os disparos foram direcionados para a genitália da vítima, pois há a possibilidade de as balas terem entrado por trás.

Um único projétil entrou pela cabeça, segundo o documento, e também foram identificadas algumas perfurações no peito.

(Com informações do portal Extra)

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