Na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta terça-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que só a aceitará o valor de US$ 20 milhões dos países do G7, para ajudar no combate aos incêndios na Amazônia, se o presidente francês, Emmanuel Macron, voltar atrás ao dizer que Bolsonaro mentiu para ele e desistir de discutir a internacionalização da Amazônia.
Na segunda-feira (26), o Palácio do Planalto divulgou a informação oficial de que o Brasil iria rejeitar a oferta do G7.
"Primeiramente, o senhor Macron tem que retirar os insultos que faz a minha pessoa. Ele me chamou de mentiroso. Depois, pelas informações que eu tive, a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa com a França, que seja com as melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras", disse Bolsonaro.
E complementou: "Primeiro retira, depois oferece, daí eu respondo".
Ao ser questionado sobre a informação divulgada ontem (26), pelo Palácio da Alvorada de que o Brasil recusaria o dinheiro, ele respondeu: "Eu falei isso? Eu falei? Jair Bolsonaro falou?"
Ainda nesta segunda, interlocutores do presidente apontaram o fato de que se a oferta feita pelos países ricos fosse vinculada a alguma compensação ou exigisse um monitoramento na aplicação de recursos a tendência era pela recusa. Macron anunciou que uma parte dos recursos, destinados ao reflorestamento, estava relacionada a um trabalho com ONGs, por exemplo.
Bolsonaro também se reuniu ontem com o Ministério da Defesa e alguns ministros, o porta-voz Otávio do Rêgo Barros apontou que a decisão viria do Ministério das Relações Exteriores. Pouco depois, em uma publicação nas redes sociais, o chanceler Ernesto Araújo, que também estava na reunião, disse que o governo poderia recusar a oferta anunciada por Macron.
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