O desembargador Sirio Darlan concedeu uma liminar em habeas corpus para libertar Garotinho e Rosinha, ambos ex-governadores do Rio de Janeiro. O casal estava preso desde a manhã de ontem (3).

De acordo com o jornal Conexão e Política, a decisão, que foi lançada na sede de plantão judiciário, ou seja, fora do horário normal de expediente, aconteceu durante a madrugada desta quarta-feira (4).

Porém, segundo o jornal, o magistrado responsável pela decisão é investigado como suspeito de vender sentenças no fórum do Rio de Janeiro. Segundo as denúncias, o desembargador usava os plantões judiciários para vender habeas corpus e, deste modo, libertar os presos.

Um delator afirmou à Justiça que ouviu de um preso ter pago R$ 50 mil a um intermediário de Darlan. As negociações teriam sido feitas a favor de Ricardo Abud, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Resende.

Abud foi preso em 2015, acusado de praticar irregularidades na Câmara dos Vereadores de Niterói.

Outro caso é do preso Samyr Jorge João David, que teve a prisão decretada em junho de 2016, por tentativa de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte.

Numa interceptação telefônica autorizada, o advogado de Samyr foi flagrado em conversa com Luís Soares, ex-motorista do desembargador.

Além desses dois inquéritos, Darlan também é alvo de uma representação na presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro assinada por outros quatro desembargadores e uma investigação no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que apura faltas disciplinares.

Por mais de uma década, Siro Darlan foi juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude do Rio Foto: (Reprodução)

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