Jair Bolsonaro desistiu de convidar o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança para ser vice da chapa à presidência da república depois de ter sido informado por seu então braço direito, o advogado Gustavo Bebianno , que haveria fotos de Orleans e Bragança participando de uma orgia e que ele teria envolvimento em agressões a moradores de rua. As informações foram publicadas pela revista Crusoé e confirmadas pela revista Época.
"Bebianno armou e não queria que eu fosse o vice. Ele disse ao presidente que haveria um dossiê que tinha fotos minhas, segundo um amigo me contou na ocasião. O dossiê foi usado porque era domingo de manhã e era o último dia para protocolar quem seria o vice. Ele não queria colocar um militar, inicialmente", disse Orleans e Bragança à Época em reportagem publicada nesta quarta-feira (13).
“O dossiê era de fotos que eu fazia uma suruba gay e que eu batia em mendigo", contou. À Crusoé, ele afirmou que "não é gay e nem sabe onde faz suruba".
Philippe contou ainda à Época que Bolsonaro lhe pediu desculpas na última terça-feira (12).
O deputado federal Alexandre Frota também confirmou à colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo, que Bolsonaro lhe perguntou sobre o príncipe. "Me perguntou se eu sabia se o príncipe era gay ou não. Eu disse que não sabia”.
Segundo o deputado, o então candidato a presidente pediu a ele o número do celular do presidente do PRTB, Levy Fidelix, para convidar o general Hamilton Mourão para ser candidato a vice.
"Ele [Bolsonaro] pediu para que eu não falasse nada sobre o príncipe deixar de ser o vice dele, que ele conduziria com a imprensa", diz Frota.
O Palácio do Planalto disse que não vai comentar.
(Com informações da Época e da Folha de S. Paulo)
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