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Suspensão de Eduardo Bolsonaro coloca Hasselmann como nova líder do PSL na Câmara

A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados confirmou nesta quarta-feira (11) o nome de Joice Hasselmann como nova líder do PSL na Casa, um dia depois de o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) oficializar a suspensão de 14 deputados bolsonaristas punid

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Imagem ilustrativa da notícia Suspensão de Eduardo Bolsonaro coloca Hasselmann como nova líder do PSL na Câmara camera Geraldo Magela/Agência Senado

A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados confirmou nesta quarta-feira (11) o nome de Joice Hasselmann como nova líder do PSL na Casa, um dia depois de o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) oficializar a suspensão de 14 deputados bolsonaristas punidos pelo diretório nacional do partido.

Joice substituirá o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, na liderança do PSL na Câmara. O nome da ex-líder do governo no Congresso recebeu 22 assinaturas das 39 possíveis, acima das 20 necessárias para a parlamentar assumisse a função -os 14 bolsonaristas estão com atividades parlamentares suspensas e, portanto, não podem participar do processo de coleta de assinaturas.

Ao escolher Joice, o PSL sinaliza que seguirá na guerra virtual que vem travando com o grupo ligado a Bolsonaro.

No último dia 3, os membros do diretório nacional do PSL, presidido pelo deputado federal Luciano Bivar (PE), confirmaram, por unanimidade, as suspensões a 14 parlamentares do partido e advertências a outros quatro, além da dissolução do diretório estadual de São Paulo, que era comandado por Eduardo Bolsonaro.

Esses deputados se alinharam ao presidente Jair Bolsonaro na disputa de poder que ocorreu dentro da legenda em meados de outubro -e que resultaram nas articulações para a criação de uma nova sigla, a Aliança pelo Brasil.

Eduardo Bolsonaro, Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG) e Daniel Silveira (RJ) receberam a penalidade mais dura, de suspensão por 12 meses. Essa punição acarreta afastamento da atividade parlamentar, incluindo a retirada de comissões para as quais foram indicados.

Eduardo manterá a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, por ter sido eleito pelos membros para o posto.

Os deputados punidos e advertidos já sinalizaram que pretendem migrar para o novo partido a ser criado pelo presidente Jair Bolsonaro, a Aliança pelo Brasil. Esse processo, porém, ainda pode demorar -tanto devido ao trâmite para a criação da nova legenda como devido ao embate jurídico que trata dos riscos de perda do mandato por infidelidade partidária.

Eduardo Bolsonaro enfrenta ainda processos abertos no conselho de ética da Câmara. Em um deles, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) o acusa de incitar um linchamento virtual contra ela. Outro se deve a uma fala sobre AI-5 (Ato Institucional n° 5, que intensificou o período de repressão na ditadura militar).

Ele afirmou em entrevista que, se a esquerda radicalizar no Brasil, uma resposta pode ser "via um novo AI-5".

Entre os punidos pelo PSL, Carlos Jordy (RJ) será suspenso por 7 meses, enquanto Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF) ficarão suspensas das atividades parlamentares por 6 meses.

Outros congressistas receberam penalidades mais brandas, como Aline Sleutjes (PR) e Hélio Lopes (RJ), que só serão advertidos.

O diretório nacional também dissolveu o diretório de São Paulo, foco de uma das brigas entre as alas bivaristas e bolsonaristas.

Aliados de Bolsonaro haviam derrubado mais de 100 diretórios municipais do PSL em retaliação a Bivar o partido já chegou a ter 340 em 645 municípios.

Eduardo, filho 03 do presidente, assumiu a liderança do partido na Casa em 21 de outubro, em meio a uma guerra de listas que opôs bivaristas e bolsonaristas. Naquele dia, após uma troca de acusações entre as duas alas do PSL, o então líder, deputado Delegado Waldir (GO), decidiu entregar o cargo.

O PSL tem a segunda maior bancada da Câmara, com 53 deputados. O partido está no centro de um escândalo, revelado pela Folha de S.Paulo, que envolve o uso de verbas públicas por meio de candidaturas de laranjas em Minas Gerais e Pernambuco.

O esquema foi revelado em série de reportagens publicadas desde fevereiro. Bivar foi indiciado pela Polícia Federal e o ministro Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) foi denunciado pelo Ministério Público mineiro sob acusação de envolvimento nos casos.

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