Por conta das medidas de combate ao Covid-19, um protesto virtual passou a ser realizado nas redes sociais contrário à decisão da bancada evangélica da Câmara Legislativa (CLDF) de tentar derrubar a sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB) que inclui a Parada do Orgulho LGBTS do calendário de eventos oficiais do DF. O ato foi publicado no Diário Oficial (DODF) de terça-feira (14).
Batizada de “Não Usem Jesus para Excluir”, a campanha criou cards para serem compartilhados na internet com a imagem dos autores, acusando a Frente Evangélica de “ir contra valores e mandamentos bíblicos, tal como mentir e propagar a desunião para excluir pessoas”.
“A mensagem também pede respeito à diversidade. Nunca vamos nos colocar contra o Dia do Evangélico. Reconhecemos a importância de a sociedade e o governo celebrarem a pluralidade religiosa, étnica, etária, de gênero e todas outras. E o certo é que tais deputados respeitem a democracia e não se levantem contra uma data que trata da inclusão de evento LGBT”, diz o comunicado assinado pelo coletivo Brasília Orgulho, que organiza festival.
Além da campanha, o Brasilia Orgulho está mobilizando redes nacionais e internacionais de defensores de direitos humanos para rebater a atitude dos parlamentares.
Revogação
Um dia após a sanção, integrantes da ala conservadora da CLDF protocolaram o projeto para revogar a decisão do titular do Palácio do Buriti. A proposta é dos deputados Rodrigo Delmasso (Republicanos), Iolando Almeida (PSC), Martins Machado (Republicanos), Rafael Prudente (MDB) e Valdelino Barcelos (PP).
O projeto argumenta que “a parada fere os princípios basilares da fé, especialmente os consagrados pelo cristianismo, uma vez que durante esses festivais utilizam os símbolos religiosos de forma escandalosa e indecorosa, afrontando os pilares cristãos”.
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