O Brasil corre o risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra a covid-19 por uma iniciativa internacional visando acelerar a produção de vacina contra o vírus. O país não foi convidado para lançar a “Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o covid-19”, no fim de abril.

Especula-se que o Brasil tenha sido excluído por causa dos constantes ataques de Jair Bolsonaro a Organização Mundial da Saúde e a lideres de países como França e Alemanha, organizadores da iniciativa que reúne além de países, organizações internacionais, fundações e empresas privadas.

No entanto, a oportunidade para participar continua aberta, segundo a iniciativa. 

Agora, setores no Brasil na área de ciência e tecnologia se movimentam para convencer o governo a participar na ação global. Primeiro porque, apesar do discurso de acesso equitativo da iniciativa, o risco é de o país, se ficar fora do “Act Accelerator”, não ser prioritário para receber a vacina, não poder influenciar na questão de preços e enfrentar condições inferiores.

Por outro lado, se integrar a iniciativa global, o Brasil abre também oportunidade para a Fiocruz e a indústria brasileira fazerem alguma etapa do processo produtivo. Será necessário um volume tão gigantesco de vacinas, que vai se precisar de muitas fábricas em torno do mundo para produzir.

Foto: Reprodução

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