O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), afirmou, em entrevista no UOL, na tarde da última segunda-feira (18), que teve “medo de decretar lockdown e sair desmoralizado”. O lockdown é uma das medidas que vem sendo adotadas para manter a população em suas residências e evitar a contaminação da covid-19.

Durante a entrevista, ele detalhou ainda citou o crime organizado ao justificar o porquê de não ter adotado o bloqueio radical. "O governador Flávio Dino (PCdoB) [Maranhão] diz que não dava resultado imediato. Tudo que eu sabia, e não fiz lockdown, porque aqui tem um tráfico de drogas pesado, com predomínio do Comando Vermelho sobre as demais, o PCC quase se retirou. Eu não sei o que eles não fariam para provocar um confronto de mortes civis."

O estado do Amazonas vive um embate entre diferentes facções criminosas por conta das disputas relacionadas a rotas do tráfico. A capital foi uma das primeiras a enfrentar colapso no sistema de saúde, além de que, também sofreu com número de sepultamentos nos cemitérios municipais.

Quase todos os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do estado e da capital estão ocupados. Arthur Virgílio Neto disse, ainda: “Quando você vê o interior do interior do AM, vê pessoas que estão em outro mundo. É uma covardia não fazermos bem para essas pessoas. Eu estranho esses dados. Pra mim, a tendência é morrer muito mais gente no interior", explicou.

Ele ainda comentou fez uso de publicidade "para chocar" a população e tentar convencê-la a ficar em casa. 

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