Na madrugada desta quinta-feira (4), o grupo de hackers Anonymus divulgou supostos dados sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. O grupo usou o Twitter e divulgou um link com informações que apontam o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) como mandante do crime.
"Não queremos trazer notícias não verdadeiras, não somos nenhum grupo iniciante e nem estamos com o propósito de fama, diferente de todos os grupos brasileiros, aqui nós apuramos os fatos e trazemos conforto e conhecimento sobre o que estão nos escondendo, aqui nós apoiamos todos, nós? Somos negros, asiáticos, judeus, muçulmanos, lgbt, e toda classe oprimida e desfavorecida! Vocês não estão sozinhos, estamos com vocês", publicou o grupo.
Caso Marielle. #Exposed #Anonymous 🇧🇷 pic.twitter.com/tmoVMSQz5V
— Anonymous Brazil 🇧🇷 ➐ (@brzanonymous_) June 4, 2020
Além do texto explicando o motivo da suposta exposição, dados pessoais de pessoas confirmadas e outras supostamente envolvidas na morte da vereadora, outros dados como CPF, número de cartão de crédito, filiação, telefones e endereço foram disponibilizados.
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De acordo com o jornal 'O Dia', o grupo de hackers apontou o Flávio Bolsonaro como o integrante da família presidencial que atua junto com uma milícia. A suposta prova é um documento da Câmara, do deputado Rogério Correia (PT-MG), que pede uma investigação especial para apurar as ações criminosas das milícias do Rio de Janeiro.
Apesar das informações divulgadas em alguns portais, não há em nenhuma "prints" das publicações do grupo, o que pode sugerir a criação da notícias falsas (ou mesmo perfis falsos) para disseminar tais conteúdos.
Grupo de hackers divulgou dados pessoais de Ronnie Lessa, Élcio de Queiroz e outras pessoas.#ODia https://t.co/eVrQyvedZG
— Jornal O Dia (@jornalodia) June 4, 2020
Nas matérias, ainda é citado um desabafo que seria do grupo: "Estamos cansados, o povo clama por ajuda, será que poderíamos visualizar com mais profundidade e com mais precisão o caso do presidente? O que o senhor acha Presidente? Talvez surja provas que seu filho é corrupto, talvez esse ano, a favela vai se revoltar, policiais estão abusando de poder, e o sistema deixa!", dizia a mensagem dos hackers.
O Anonymous reforçou a ideia de que são um grupo apartidários em busca de "justiça" pelas minorias. "Isso não é sobre ser de esquerda ou de direita, afinal somos contra qualquer sistema político".
"Conclusão? Parece que a família bolsonaro é a mandante. Também parece que agora temos vários motivos para duvidar da postura do nosso querido presidente! #MarielleVIVE", finalizou a postagem do grupo que se autodenomina Anonymous Brasil.
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