O empresário Carlos Wizard anunciou que está deixando a função de conselheiro informal do Ministério da Saúde.
“Informo que hoje (7/junho) deixo de atuar como Conselheiro do Ministério da Saúde, na condição pro bono”, anunciou ele em um comunicado nas redes sociais na noite deste domingo (7).
“Além disso, recebi o convite para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta. Agradeço ao ministro Eduardo Pazuello pela confiança, porém decidi não aceitar para continuar me dedicando de forma solidária e independente aos trabalhos sociais que iniciei em 2018 em Roraima”, completou.
“Peço desculpas por qualquer ato ou declaração de minha autoria que tenha sido interpretada como desrespeito aos familiares das vítimas da Covid-19 ou profissionais de saúde que assumiram a nobre missão de salvar vidas”, disse ele no comunicado.
Wizard provocou polêmica ao declarar que o ministério iria recontar o número de mortos no Brasil pela Covid-19. Segundo ele, os dados atuais seriam "fantasiosos ou manipulados".
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgou uma nota neste sábado (6/6) em que aponta que o governo de Jair Bolsonaro tenta dar "invisibilidade" aos mortos pelo novo coronavírus. A declaração é assinada pelo presidente da pasta, Alberto Beltrame, do Pará.
"Ao afirmar que Secretários de Saúde falseiam dados sobre óbitos decorrentes da Covid-19 em busca de mais “orçamento”, o secretário, além de revelar sua profunda ignorância sobre o tema, insulta a memória de todas aquelas vítimas indefesas desta terrível pandemia e suas famílias. A tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19, não prosperará", diz um trecho do documento.
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