Como informado na semana passada, o senador Flávio Bolsonaro prestou depoimento, através de teleconferência, nesta terça-feira (7), para falar sobre o suposto esquema de “rachadinha” em seu gabinete na época em que era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj); o caso é investigado pelo Ministério Público.
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A advogada de Flávio, Luciana Pires, disse que “todos os fatos foram esclarecidos” e que por esse motivo a esposa do senador, Fernanda Bolsonaro, não será ouvida ainda que o MP tenha rastreado um depósito de R$ 25 mil feito em espécie por Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, que está preso.
A investigação verificou ainda pagamentos de plano de saúde e mensalidades escolares das filhas de Flávio e Fernanda, sendo mais de cem boletos no valor de R$ 260 mil, pagos em dinheiro vivo.
RACHADINHA
O filho de Bolsonaro é investigado desde janeiro de 2018 sob a suspeita de recolher parte do salário de seus subordinados na Alerj no período de 2007 a 2018. Os crimes em apuração são peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.
Relatórios do antigo Coaf (atualmente ligado ao Banco Central) apontam movimentação financeira atípica de Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo do presidente, de R$ 1,2 milhão em um ano. As operações eram feitas com depósitos e saques em dinheiro vivo em datas próximas do pagamento dos servidores da Assembleia.
Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava esse dinheiro para remunerar assessores informais de Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual. A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários finais dos valores.
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