
Uma nova rodada da pesquisa DIÁRIO/DataPoder360, realizada de 6 a 8 de julho em 512 municípios brasileiros mostra que as regiões Norte e Centro-Oeste continuam sendo as áreas geográficas mais “simpáticas” ao governo de Jair Bolsonaro. A avaliação positiva do trabalho do presidente chega a 37% no Centro-Oeste e a 40% no Norte do Brasil.
Já entre a população da região Nordeste, principalmente entre pessoas com nível de instrução até o ensino superior e que recebem de 5 a 10 salários mínimo, concentram-se os que mais rejeitam o governo de Bolsonaro. O percentual de brasileiros que avalia o governo Bolsonaro de maneira negativa oscilou para baixo, a 46%. Outros 29% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom e 20% avaliam como regular, mesmos números de 15 dias atrás.
Os dados desta nova rodada do levantamento DIÁRIO/DataPoder360 confirmam a tendência de estabilidade no quadro político nacional. Há uma pequena oscilação no intervalo de duas semanas na aprovação ao governo, que saiu de 41% em 24 de junho para 40%. Já a desaprovação caiu de 49% para 47%.
- Covid-19: Pará registra mais 187 casos e 26 mortes pela doença na última semana
- Governo do Estado investe R$ 33 milhões na PA-140
De acordo com a análise dos dados, apesar da estabilidade dos números, continua em queda o percentual de entrevistados que avaliam o governo como regular e que aprovam o governo quando são apresentadas apenas as opções aprovar/desaprovar. Ou seja, um percentual cada vez maior de pessoas opta por desaprovar o governo, quando existem apenas duas opções de escolha.
Jovens
O quadro nacional desta 7ª rodada mostra que há um clima de otimismo sobre o futuro entre os jovens brasileiros. Foi perguntado aos entrevistados sobre sua expectativa para o futuro, mesma questão feita na 1ª rodada, em abril. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas mediante a pandemia do coronavírus, 42% continuam acreditando que a vida será melhor no futuro, sendo que os jovens de 16 a 24 anos são os mais otimistas. Somente 16% entre os entrevistados acreditam que a vida vai piorar. E são, na maioria, pessoas com renda acima de 10 salários mínimos os mais pessimistas em relação ao futuro.
Coronavírus
Os números mostram também que nas últimas duas semanas cresceu a percepção de que o coronavírus continua se espalhando. O percentual de pessoas que dizem já ter sido infectados ou conhecer alguém próximo que ficou doente com a covid-19 passou de 38% em junho para 42% agora.

Ao mesmo tempo, oscilou para o maior número até agora o percentual de pessoas que disseram ter saído de casa para trabalhar nas últimas duas semanas. Agora, 38% dos brasileiros afirmam já ter saído de casa para ir ao trabalho.

Maioria dos entrevistados disse ter perdido fonte de renda ou deixado de pagar alguma conta
Os principais prejudicados pela atual crise parecem ser as pessoas no Norte e Nordeste do Brasil entre eles, pessoas desempregadas ou sem renda fixa. A pesquisa DIÁRIO/DataPoder360 aponta também que 47% da população brasileira acha que a crise do coronavírus está mais grave do que se comparada com duas semanas atrás. Apenas 18% dos entrevistados acreditam que a crise está menos grave. Só na região Norte a maioria dos entrevistados parece acreditar que o pior já passou.
As medidas de percepção sobre o impacto econômico da crise do coronavírus continuam estáveis. Quase dois terços das pessoas entrevistadas disseram ter tido o emprego ou a fonte de renda prejudicada pela crise. E 63% dos brasileiros afirmam ter deixado de pagar alguma conta no último mês como consequência da pandemia.
Esta rodada da pesquisa DIÁRIO/DataPoder360 constatou ainda que, do final de maio até agora, praticamente não houve mudanças sobre o que as pessoas acreditam que deve ser a prioridade na atual crise e sobre a percepção de risco em voltar a frequentar lugares públicos. Dois terços dos entrevistados dizem que o aspecto mais grave da atual crise são as pessoas doentes e com risco de morrer, outros 26% acham que o mais grave é o desemprego e a diminuição de renda.
Somente 17% dos brasileiros dizem se sentir ‘totalmente seguros’ para voltar a frequentar lugares públicos, enquanto 23% dizem não se sentir nem um pouco seguros. Aqueles que avaliam o governo Bolsonaro como ótimo ou bom tendem a se sentir mais seguros em voltar a frequentar lugares públicos. Já os que avaliam o governo como ruim ou péssimo, com ensino superior e com renda de 5 a 10 salários mínimos, são os que se sentem menos seguros em voltar a circular normalmente.
Vacina
Uma novidade nessa rodada da pesquisa DIÁRIO/DataPoder 360 foi a pergunta sobre uma vacina contra o coronavírus. A maioria (85%) dos entrevistados na pesquisa afirma que se uma vacina estivesse disponível, com certeza iria tomá-la. Somente 8% dos entrevistados disseram que, com certeza não tomariam uma vacina contra a covid-19. Pessoas mais jovens, com menor nível de instrução e que avaliam o governo Bolsonaro como ótimo ou bom foram as que apresentaram maior tendência a rejeitar uma vacina.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar