O neurocirurgião do hospital Beneficência Portuguesa, de SP, Júlio Pereira, falou em entrevista à Rádio Bandeirantes neste sábado (11), que mesmo com o “novo normal” algumas pessoas que mantiveram o confinamento social, acabaram afetando uma série de problemas no cérebro. “A gente costuma dizer que as pessoas estão submetidas ao estresse crônico”, explicou o médico.
Para o especialistas, uma das consequências da pandemia do novo coronavírus é o isolamento social, e com isso muitas pessoas passaram a ter doenças psicológicas, neurológicas e até mesmo cardíacas, desencadeadas por estarem sozinhas em suas casas ou em isolamento em algum ambiente hospitalar, por exemplo.
“Essas pessoas não tinham procurado atendimento médico. Alguns especialistas consideram até uma 'segunda onda' de pacientes com outras doenças que estão voltando”, disse o médico.
Pará fica na 25ª posição no ranking nacional de isolamento
Ainda segundo o médico, algumas pessoas têm procurado hospitais achando que estão com a Covid-19, mas na verdade são sintomas de transtorno de ansiedade: “Eles estão ansiosos, sem dormir e muito até ficam sentindo sintomas como se tivesse coronavírus. Um dos sintomas do transtorno de ansiedade é a dificuldade de respirar”, explicou.
O especialista ainda explica que são desencadeados alguns hormônios que crescem durante o estresse, como o cortisol, e muito pacientes vão ao médico com queixas de insônia, distúrbio de ansiedade e depressão.
“É uma situação que a gente passa durante muitos dias, mais de 100 dias, que as pessoas estão em casa, ficam sem contato com quem gosta e ansiosos, preocupados com o que pode acontecer”, disse Júlio Pereira.
Júlio Pereira afirmou, também, que alguns pacientes têm procurado hospitais com sintomas do coronavírus puramente psicológicos.
Confira a entrevista na íntegra!
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar