Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, divulgou o nome de uma menina de 10 anos que foi estuprada e o endereço do hospital que ela está internada para realizar o procedimento de interrupção da gravidez, na tarde deste domingo (16), nas redes sociais.

Criança estuprada aguarda autorização judicial para abortar

A Justiça autorizou a interrupção no último sábado (15). A menina teve que sair do estado do Espírito Santo, onde mora, para realizar o aborto em outro local, pois o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, que fica na cidade natal da criança, negou o pedido para realizar o procedimento.

Justiça autoriza aborto em menina de 10 anos grávida após estupro

Na publicação, a militante bolsonarista escreveu em caixa alta o endereço da unidade de saúde e revelou o primeiro nome da menina, além de usar o termo "aborteiro" para se referir ao suposto médico que realizaria o procedimento. Sara também pediu que os seguidores dela rezassem e "colocassem os joelhos no chão".

Em entrevista a Universa, o advogado e especialista em direitos da infância e juventude, Ariel de Castro, explica que a divulgação é uma violação do Artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que assegura a preservação da identidade da criança, bem como uma violação do Artigo 286 do Código Penal, que proíbe incitar publicamente a prática de crime.

Sara Winter já fez parte do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, da ministra da Damares Alves, e foi presa em junho deste ano pela Polícia Federal por participar dos chamados "atos antidemocráticos", que pediam fechamento do STF e do Congresso. Solta 10 dias depois, a militante usa tornozeleira eletrônica.

Foto: Reprodução/Instagram

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