A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com uma ação civil pública na Justiça do Trabalho contra o Magazine Luiza após abrir um programa de trainees exclusivo para negros.
O defensor Jovino Bento Júnior é o autor da petição e chamou de "marketing de lacração" a forma como a empresa abriu o programa, cobrando da rede varejista R$ 10 milhões em indenização por danos morais coletivos pela "violação de direitos de milhões de trabalhadores (discriminação por motivos de raça ou cor, inviabilizando o acesso ao mercado de trabalho)", como classificou.
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Para Júnior, “os direitos dos trabalhadores de acesso ao mercado de trabalho e de não serem discriminados (...) não pode ocorrer às custas do atropelo dos direitos sociais dos demais trabalhadores”.
Na semana passada, a empresária Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração da Magazine Luiza, disse que esperava críticas, mas garante que o programa de trainees tem respaldo legal. "Acreditamos que as pessoas vão entrar juridicamente, mas a gente vai lutar e não vamos desistir tão fácil", disse.
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