Quem viu a live semanal do presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (8), gravada diretamente da cidade de Breves, no Marajó, pode ter notado um adereço peculiar sobre a mesa do político: uma caneca estampada com o rótulo do medicamento hidroxicloroquina. 

Vídeo: Bolsonaro chega ao Marajó e vai dormir em navio

Ao comentar a situação da pandemia no Brasil, Bolsonaro prestou solidariedade aos brasileiros vítimas da Covid-19 - afirmando que lamenta as mortes - e não poupou críticas à gestão ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, a quem apelidou de “marqueteiro da Globo”, em referência à emissora de televisão.

Ainda na transmissão, ele defendeu que o isolamento social “não é para você não pegar o vírus, é para não lotar hospitais”.

CLOROQUINA

O uso da caneca durante a live só reforça a posição de Bolsonaro enquanto defensor irrestrito da cloroquina no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19. No entanto, ele mesmo disse não haver comprovação científica de que a droga tenha eficácia.

Vale lembrar que Bolsonaro já testou positivo para o novo coronavírus e afirma ter usado o fármaco durante a fase sintomática da doença.

Segundo o capitão reformado do Exército, ele teve febre de 38 graus, cansaço e dores musculares antes de começar o uso da hidroxicloroquina.

“Coincidência ou não, sabemos que não tem nenhuma comprovação científica, mas deu certo comigo. No mais, não existe nenhum medicamento ainda no mundo que tenha comprovação científica constatada. Então, é uma situação de observação, que deu certo comigo, deu certo com muita gente. Muitos médicos dizem que a hidroxicloroquina funciona”.

No entanto, ele disse não fazer campanha para seu uso. “Não estou fazendo nenhuma campanha para o medicamento. Afinal de contas, o custo é baratíssimo e talvez por causa disso que tem muitas pessoas contra. E outras, parece, por questões ideológicas, parece”, afirmou em julho deste ano.

Foto: Reprodução

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