O comerciante Paulo Cupertino Matias, 50 anos, principal suspeito de matar o ator Rafael Miguel e os pais do jovem, em junho do ano passado, na zona sul da capital paulista, fez um documento falso, no interior do Paraná, segundo disse a polícia na manhã desta terça-feira (27).
A investigação da Polícia Civil aponta que Cupertino fez a identidade falsa em Jataizinho, cidade do interior paranaense, a cerca de 290 km da capital Curitiba. A data da realização do documento, porém, não foi informada.
Cupertino está foragido desde junho do ano passado, quando foi suspeito de ter matado o genro e os pais do ator. Em julho deste ano, o homem passou a compor a lista dos criminosos mais procurados pela polícia paulista. A polícia divulgou fotos de possíveis disfarces do suspeito.
O delegado Marcus Vinícius Michelotto, diretor do instituto de identificação do Paraná, afirmou que em agosto deste ano recebeu da Polícia Civil de São Paulo uma solicitação para que as digitais de Cupertino fossem pesquisadas no banco de dados do Paraná.
"Fizemos um trabalho de pesquisa, com nossos peritos papiloscopistas, checando todo nosso banco de dados, e encontramos o RG em nome de Manuel Machado da Silva", afirmou o policial, se referindo a ao nome falso que teria sido usado em um documento feito por Cupertino na cidade do interior paranaense, mas que foi identificado por causa das digitais do foragido.
Após constatar a irregularidade do documento, acrescentou o delegado, o novo RG de Cupertino foi cancelado.
Michelotto ressaltou ainda que os institutos de identificação não são interligados no Brasil, gerando este tipo de situação, em que um foragido da Justiça de São Paulo conseguiu registrar um documento falso em outro estado, neste caso o Paraná. "Como ele [Cupertino] nunca teve RG aqui [Paraná], usou uma certidão falsa de nascimento e validou o documento."
Polícia A SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), afirmou que Cupertino ainda consta como um dos criminosos mais procurados pela Polícia Civil em São Paulo. "O inquérito policial, que investigou o caso foi relatado pelo 98° DP, no dia 5 de junho deste ano, com indiciamento do autor por três homicídios duplamente qualificados. A autoridade policial solicitou a inclusão na lista da Interpol [polícia internacional] em agosto de 2019. A Polícia Civil paulista realiza buscas para localizar e prender o autor", diz trecho de nota.
A pasta acrescentou que o IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt), disponibiliza, "sempre que solicitado por institutos de identificações de outros estados, consulta de fichas de identificação civil e criminal."
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