O Vaticano divulgou um relatório negando ter acobertado o abuso sexual de menores praticado pelo clérigo Theodore McCarrick. O sacerdote foi alçado ao cargo de cardeal, um ano depois de ter sido nomeado arcebispo de Washington, nos Estados Unidos, pelo papa João Paulo II, que segundo o Vaticano, sabia dos rumores sobre sua conduta. As informações são da Veja.
No relatório, a Santa Fé reconhece que a ascensão ao poder de McCarrick foi somente possível porque a Igreja errou ao considerar as informações sobre os crimes como meros “rumores”.
A investigação foi realizada a pedido do papa Francisco. O documento de 450 páginas, é baseado em mais de 90 entrevistas de testemunhas, além de consultas aos arquivos disponíveis.
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Segundo o documento, a primeira denúncia oficial de pedofilia contra McCarrick foi feita apenas em 2017, após a denúncia de um homem que acusou o cardeal de abuso sexual nos anos 1970.
McCarrick era influente em Washington. Por décadas, ele desempenhou um papel fundamental na arrecadação de fundos para a Santa Sé por ricos doadores americanos. Em 2018, ele foi julgado e considerado culpado por ter abusado de seminaristas menores de idade. Sua punição foi perder o título de cardeal. No ano seguinte, ele foi destituído do sacerdotismo.
O ex-cardeal, que vive desde setembro de 2018 na pequena cidade de Victoria, no estado americano do Kansas, foi acusado sucessivamente de abusar sexualmente de outros menores e de ter relações com seminaristas que convidava para ir a sua casa de praia em Nova Jersey por muitas décadas.
ACOBERTAMENTO
A denúncia e a condenação fazem parte da política iniciada por Francisco contra a “cultura do acobertamento” de abusos na hierarquia da Igreja Católica.
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De acordo com o relatório, quando a primeira acusação de abuso sexual tornou-se publica, a resposta de Francisco “foi imediata”.
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