O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (18) que agricultores e moradores do campo não foram "frouxos" na pandemia do novo coronavírus, por não terem interrompido o trabalho durante a crise sanitária.
"Graças a vocês [agricultores], que não pararam, nós na cidade continuamos sobrevivendo. Se o 'fica em casa, a economia a gente vê depois' fosse aplicado no campo teríamos desabastecimento, fome, miséria e problemas sociais. Parabéns a vocês, que não se mostraram frouxos na hora da angústia, como diz a passagem bíblica", discursou o presidente, durante cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural em Flores de Goiás (GO).
Bolsonaro chegou no assentamento onde ocorreu o ato no município goiano pouco antes das 11h (horário de Brasília). No fim da semana seguinte às eleições de domingo (15), marcada pela derrota de nomes apoiados pelo presidente, Bolsonaro não parou para responder perguntas de jornalistas.
Ele esteve acompanhado na cerimônia do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e dos ministros Augusto Heleno (Segurança Institucional), Fabio Faria (Comunicações), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Tereza Cristina (Agricultura).
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Desde o início da pandemia do coronavírus Bolsonaro tem adotado um discurso crítico contra medidas de isolamento social encampada por governadores, como o fechamento de comércios e a suspensão de aulas. Ele tem responsabilizado essas políticas pelo aprofundamento da crise econômica gerada pela Covid-19.
O presidente já foi infectado pelo vírus e se recuperou sem apresentar sintomas graves. Segundo dados do Ministério da Saúde, a Covid-19 deixou até o momento mais de 166 mil mortos no Brasil. Houve ainda cerca de 5,9 milhões de casos confirmados.
Na semana passada, ao defender que a população precisa enfrentar a pandemia, Bolsonaro disse que o Brasil tem que "deixar de ser um país de maricas". "Tudo agora é pandemia. Tem que acabar com esse negócio. Lamento os mortos, todos nós vamos morrer um dia. Não adianta fugir disso, fugir da realidade, tem que deixar de ser um país de maricas", afirmou o presidente na ocasião.
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