Uma onda de protestos contra o assassinato de João Alberto Silveira, 40 anos, espancado até a morte por dois seguranças do Carrefour de Porto Alegre, se espalharam pelo país nesta sexta-feira (20).

Delegada diz que espancamento até a morte de homem negro no Carrefour não foi racismo

Em São Paulo, um grupo de manifestantes antirracismo fez uma caminhada no Masp, na Avenida Paulista e foi até uma unidade do supermercado Carrefour, onde atearam fogo nas prateleiras do interior do supermercado.

João Alberto era preto e foi espancado até a morte na véspera deste dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra. A Brigada Militar gaúcha informou que o espancamento começou após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária do supermercado.

O juiz Cristiano Vilhalba Flores, do Foro Central de Porto Alegre, determinou esta sexta-feira (20) a prisão preventiva de Magno Braz Borges e Giovane Gaspar Da Silva, seguranças que mataram João Alberto Silveira Freitas.

"Existem indícios de autoria pelas declarações das testemunhas, as quais afirmaram que a vítima fora detida pelos flagrados, sendo que estes teriam argumentado que agiram para cessar uma agressão que a própria vítima teria cometido contra terceiro, funcionário da empresa onde os fatos ocorreram. Os indícios de autoria são reforçados pelos vídeos juntados aos autos, onde se pode verificar toda a ação que culminou no óbito da vítima, que viera a falecer no local", disse o magistrado na decisão.

Unidades do supermercado em todo o país foram alvos de protestos. Foto: Reprodução / Facebook

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