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COVID-19

Ataques à China atrasam a chegada de insumos para a vacina no Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tem mantido contato com autoridades indianas e chinesas

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Integrantes do governo Bolsonaro admitem que a relação conturbada do país com a China tem prejudicado a importação de insumos para a produção das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. O assunto foi um dos temas de uma reunião entre o presidente com ministros no Palácio do Planalto na tarde desta segunda-feira (18).

O Instituto Butantan, que é responsável pela produção da vacina em parceria com o laboratório chinês Sinovac, é o de que a relação diplomática impeça a chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), o princípio ativo da Coronavac.

Essa também é uma preocupação de integrantes dos ministérios da Saúde e da Economia, que acompanham as negociações da Fiocruz para produção da vacina de Oxford/Astrazeneca no Brasil.

Diante desse cenário, integrantes do governo disseram em entrevista que a ordem interna agora é para que haja uma reaproximação com o governo chinês. Segundo os relatos, o próprio chanceler Ernesto Araújo tem mantido contato diário com o seu correspondente na China.

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Embora também tenha atacado à China, o ministro teria mudado a postura em nome das negociações pró-vacina. Araújo tem mantido contato com o governo indiano para tentar destravar a vinda de 2 milhões de doses da vacina de Oxford.

Além da questão diplomática, integrantes do governo federal dizem que o impasse com a China também envolve a negociação financeira. Ministros disseram à CNN que o governo chinês tem priorizado os países que conseguem pagar melhor pelos insumos.

“A questão política pesa, mas também pesa o fato de sermos um país de terceiro mundo. Estamos sendo tratados como tal”, afirmou o auxiliar de Bolsonaro.

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