Após a grande repercussão dos gastos do governo de Jair Bolsonaro com leite condensado, os gastos com picanha e cerveja para militares foram alvos de uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR). O documento foi endereçado ao procurador-geral da República, Augusto Aras.
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De acordo com informações do Congresso em Foco, foram gastos mais de 700 toneladas de picanha e 80 mil cervejas para militares. Com isso, deputados protocolaram a representação, considerando o uso de recursos com ostentação e superfaturamento" por parte das Forças Armadas. Os parlamentares indicam, ainda, sobrepreço de até 60% do preço de itens adquiridos pelas Forças Armadas.
A denúncia foi assinada pelos deputados Elias Vaz (PSB-GO), Alessandro Molon (PSB-RJ), Denis Bezerra (PSB-CE), Lídice da Mata (PSB-BA), Camilo Capiberibe (PSB-AP), Bira do Pindaré (PSB-MA) e Vilson da Fetaemg (PSB-MG), que verificaram que a maioria dos processos de compras desses produtos seguiu o procedimento da licitação. “A Administração Pública, portanto, teve a coragem de mover a estrutura federal para conduzir certames com o objetivo de comprar grande quantidade de cerveja", argumentaram.
O Congresso em Foco detalhou, ainda, que, segundo o levantamento, o Comando do Exército comprou 569,2 toneladas picanha. Já a Marinha adquiriu 88 toneladas. No total, 76 processos licitatórios garantiram a compra de 714 toneladas do carne, chegando a pagar R$ 84,14 no quilo.
O Congresso em Foco buscou a Marinha e o Exército para que expusessem suas razões relativas aos gastos, mas ainda não recebeu uma resposta.
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