Um homem que fazia uma manifestação, segurando uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), foi agredido por apoiadores do deputado federal Daniel Silveira (PSL), na tarde desta quarta-feira (17), em frente à sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde o parlamentar está preso. Marielle foi morta a tiros em um atentado na noite de 14 de março de 2018. As informações são do portal UOL.
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O deputado Daniel Silveira, que é policial militar reformado, gerou polêmica no ano de 2018 quando ajudou a quebrar uma placa de rua feita em homenagem à Marielle. Naquele ano, ele foi eleito para o cargo de deputado federal.
A confusão desta quarta-feira (17) começou quando um dos apoiadores do deputado retirou a placa das mãos do manifestante e a jogou no chão. Em seguida, o homem foi agredido por um mata-leão.
Um vídeo feito pela Super Rádio Tupi registrou o momento após a agressão. O homem agredido, que estava com uma proteção em uma das pernas, aparece no chão. Ele, então, se levanta, ofegante, enquanto passa a ser insultado pelos manifestantes. Um deles, com uma camisa com o rosto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), se aproxima e o xinga.
POLÍTICA
— Betinho Casas Novas (@BetinhoCasas) February 17, 2021
Manifestantes apoiadores do Dep. Fed. Daniel Silveira, preso pela PF na última noite, agrediram um homem na porta da Polícia Federal que estava com uma placa da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 no RJ.
Imagens: @betinhocasas #POLITICA #PF #RIODEJANEIRO pic.twitter.com/HjLSQYUjdp
PRISÃO DE DEPUTADO BOLSONARISTA
Silveira foi detido, na noite desta terça-feira (16), em Petrópolis, na região serrana do Rio, após despacho de prisão por flagrante delito publicado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a acusação de atacar os ministros da Corte em vídeo e de defender medidas antidemocráticas, como adoção do AI-5 (Ato Institucional número 5).
Moraes também lembra que Silveira chega a defender que todos membros do STF sejam substituídos e também instiga "a adoção de medidas violentas contra a vida e segurança dos mesmos, em clara afronta aos princípios democráticos, republicanos e da separação de poderes."
Para Moraes, as manifestações do parlamentar "revelam-se gravíssimas", "pois não só atingem a honorabilidade e constituem ameaça ilegal à segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal, como se revestem de claro intuito visando a impedir o exercício da judicatura, notadamente a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito", justificou o ministro.
DEFESA DE PARLAMENTAR SE POSICIONOU
A assessoria jurídica do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) disse, por meio de nota compartilhada no Twitter, que a prisão decretada por Moraes tem "evidente teor político"
"A prisão do deputado representa não apenas um violento ataque à sua imunidade material, mas também ao próprio exercício do direito à liberdade de expressão e aos princípios basilares que regem o processo penal brasileiro", diz a nota da defesa, assinada pela advogada Thainara Prado.
A assessoria jurídica também contesta os argumentos utilizados pelo ministro e a prisão por flagrante delito. "Os fatos que embasaram a prisão sequer configuram crime, uma vez que acobertados pela inviolabilidade das palavras, opiniões e votos que a Constituição garante aos Deputados Federais e Senadores".
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