Após a cirurgia de readequação de sexo, na saída do hospital no sábado (13), Mayla declarou que teve o apoio de todos da família. "Eu sempre me identifiquei com o sexo feminino, desde 3 anos", disse uma das gêmeas.
Mayla e Sofia, a irmã gêmea, têm 19 anos e viraram notícia no Brasil após passarem, juntas, pela cirurgia de readequação de sexo em um hospital de Blumenau, em Santa Catarina. Sofia teve alta no início da tarde do domingo (14).
Gêmeas fazem cirurgia de readequação de sexo com ajuda do avô
As gêmeas nasceram com o sexo biológico masculino e discutiam a transição para o feminino desde antes da maioridade. "Sabe um dente de leão, que você assopra e faz um pedido? Pedi a Deus para me transformar numa menininha", lembra Mayla.
Além de terem uma a outra, as gêmeas também contam com uma irmã mais velha e uma mais nova. O avô delas vendeu uma casa para custear o procedimento. As duas são naturais de Tapira, interior de Minas Gerais, e viajaram apenas para fazer a readequação.
Mayla fala sobre alguns preconceitos que sofreu. "No ensino médio, me chamaram de viado, fizeram gozação com minhas calças apertadas, diziam que eu não podia andar com meninas porque era feia".
"Nunca tive rejeição familiar. O medo dos pais não é de a gente ser quem a gente é, mas dos outros machucarem a gente". Mesmo assim, ela ainda teme a violência contra as pessoas trans. "Eu ainda tenho medo, de um cara na rua me xingar e me bater". Ela também lembrou o Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo.
Atualmente, Mayla faz faculdade de medicina e gostou tanto de Blumenau que sonha em transferir o curso para a cidade catarinense. "Eu sou uma mulher completa, posso adotar, posso ter uma família, uma carreira", finaliza.
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