Os combustíveis nas refinarias vão sofrer mais um reajuste no preço. O anúncio foi feito ontem (18), pela Petrobras. A partir de hoje (19), o valor médio do litro da gasolina será de R$ 2,48, alta de 10,2%, após reajuste de R$ 0,23. Já o preço médio do diesel será de R$ 2,58, depois de aumento de R$ 0,34 por litro, uma elevação de 15%. As informações são do Correio Braziliense.
A previsão, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, é de que haja um novo aumento daqui a 15 dias. Segundo ele, além dos reajustes da Petrobras, houve elevação do etanol anidro e revisão da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), portanto, "o governo do DF vai revisar novamente o preço médio".
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Tavares ressalta que a Petrobras já promoveu oito aumentos seguidos no preço da gasolina. Segundo a Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), apenas em 2021, o combustível acumula alta de 34%. Já o diesel, com o reajuste, terá acumulado 27% de aumento este ano.
Caminhoneiros de todo o país ameaçaram fazer uma greve em 1º de fevereiro, justamente por conta do alto preço do óleo diesel. Como o combustível é utilizado no frete, o aumento pesa na inflação de quase todos os produtos.
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Para o assessor executivo da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Marlon Maues, o aumento do preço dos combustíveis gera impactos não só no bolso dos caminhoneiros, mas "na indústria naval, no agronegócio, no transporte de passageiros, na indústria e no comércio, porque o frete mais caro pesa no preço dos produtos. Quem sofre é a população”.
Segundo Maues, a CNTA quer que os parlamentares questionem a política de preços dos combustíveis da Petrobras. Para ele, esse aumento "é um problema nacional e uma falta de sensibilidade", já que "em plena pandemia, a empresa buscar lucro acima de tudo”.
VARIAÇÕES
De acordo com a Petrobras, “o alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros refinadores, além da Petrobras”.
A estatal informou, ainda, que as variações para mais ou para menos, associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais.
“O preço da gasolina e do diesel vendidos na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado nas refinarias da Petrobras. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”, acrescentou.
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