Desde que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor em setembro de 2020, muito tem se falado sobre a proteção de dados pessoais e seus princípios básicos, mas os casos de violações seguem acontecendo. 

Só em dezembro, por exemplo, hackers supostamente financiados por um governo estrangeiro comprometeram as redes de computadores do fabricante de software americano SolarWinds e implantaram uma atualização maliciosa em seu software Orion, para infectar redes do governo americano e de organizações comerciais que o utilizam. Várias agências do governo federal, incluindo os departamentos do tesouro e do comércio dos EUA, tiveram alguns de seus sistemas de computador violados como parte dessa campanha de espionagem. 

Já em janeiro, foi revelado que mais de 223 milhões de CPFs e outros dados foram capturados de um banco de dados – ainda não se sabe exatamente qual – e estão sendo vendidos na dark web, um ambiente na internet de difícil acesso, porém onde muitos crimes são cometidos. O arquivo contém ainda 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos. 

De acordo com Leonardo Fagnani, especialista em cibersegurança, o cenário atual evidencia ainda mais a importância da preservação da segurança da informação.

“Muitos não estão cientes das consequências que a exposição de dados pessoais pode resultar, porque não tem ideia de como os cibercriminosos usam informações para realizar suas atividades maliciosas. A falta de consciência que muitas vezes existe sobre a importância de cuidar dos dados pessoais e boas práticas de segurança, como criar senhas seguras, instalar soluções de segurança em cada dispositivo ou atualizar sistemas, tem um impacto direto no número de violações de dados que ocorrem hoje e o número de ataques ou incidentes de segurança sofridos pelos usuários”, alerta Fagnani. 

Se tiver interesse, podemos marcar uma entrevista com Leonardo Fagnani, especialista em cibersegurança e Service Manager da NetSecurity, que poderá falar mais sobre o assunto e dar dicas para que os usuários não sejam as próximas vítimas.

Foto: Reprodução

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