Um problema no equipamento que fecha os frascos de vacinas atrasou todo o cronograma de entrega dos imunizantes de Oxford/AstraZeneca estabelecido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Pelo calendário inicialmente divulgado, a fundação poderia disponibilizar 15 milhões de doses ao PNI (Programa Nacional de Imunização), coordenado pelo Ministério da Saúde, já em março. No total, estão previstas 100 milhões de doses até julho.

Um novo equipamento adquirido para a produção da vacina, no entanto, gerou o problema na linha de produção e retardou tudo.

Agora, apenas 3,8 milhões de doses serão disponibilizadas neste mês.

A máquina coloca a rolha de metal no frasco de vacina sob uma pressão específica. Em seguida, a boca do vidro recebe um anel de alumínio.

E justamente a colocação desse anel não estava sendo feita de forma adequada.

Tudo teve que ser paralisado para a recalibragem do equipamento, o que impossibilitou o estabelecimento de um fluxo mais contínuo de produção dentro do prazo previsto.

"São intercorrências normais", diz Marco Krieger, vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz.

"Uma ou duas semanas de atraso, em época normal, passa despercebido", afirma ele. "Mas, na pandemia, isso ganha uma outra dimensão", admite.

O atraso redobrou as cobranças sobre a Fiocruz.

Nesta segunda (8), governadores e o ministro da Saúde visitam a fabrica, no Rio de Janeiro, para verificar in loco como está a produção.

A fundação deve anunciar que as vacinas já passaram em todos os testes e que, portanto, a produção comercial, em larga escala, poderá ser enfim iniciada.

Agora, apenas 3,8 milhões de doses serão disponibilizadas neste mês. Foto: Divulgação

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