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ATAQUES À DEMOCRACIA

 Incentivados por Jair, apoiadores vivem fazendo ameaças

Incentivados por Jair Bolsonaro, manifestantes respondem a comportamentos do presidente para fazer mais ataques contra opositores do governo

Imagem ilustrativa da notícia  Incentivados por Jair, apoiadores vivem fazendo ameaças camera Sem máscara e fazendo "arminha", apoiadores usam imagem do presidente para incitar o ódio. | Jair BolsonaroCarolina Antunes / Presidência da RepúblicaCarolina Antunes / Presidência da República - Reprodução

O Brasil atual passou a um país cuja os ataques à democracia e a vida das pessoas está no alvo de “militantes”. O maior incentivador é exatamente aquele que foi eleito democraticamente para apaziguar e garantir a democracia, o presidente Jair Bolsonaro.

O presidente da República (sem partido) tem recorrentes atos e falas que instigam seus apoiadores a atentarem contra o estado democrático de direito. E em um momento tão delicado, como na pandemia, Jair não poupa incentivos contra a saúde publica e a democracia, por exemplo.

De acordo com o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), essa situação se dá pela "dobra a aposta na violência e na incitação a grupos fanáticos" por Bolsonaro.

É comum rolar a timeline das redes sociais e encontrar apoiadores fazendo símbolos com as mãos referentes a armas ou até mesmo pessoas fardadas usando as frases: "ele não está sozinho"; "Quer dizer que vocês querem derrubar o nosso presidente? Deixa eu falar um negócio rápido. Ele não está sozinho não, tá? Junta o que vocês tiverem de melhor e tenta".

Tudo pode parecer uma divisão de opiniões sobre politicas, mas os sucessivos ataques onlines e presenciais ligam um atleta, e para o parlamentar do PSOL, é importante entender a gravidade disso. Ele enxerga a situação como resultados de medidas do presidente que não estão sintonizadas com o que a maioria dos brasileiros deseja, mas "com a pauta golpista de uma base radicalizada e violenta".

"A grande ameaça à democracia e à vida dos brasileiros é o presidente da República. Ele está usando as instituições de forma autoritária para viabilizar seu projeto golpista. É como um cupim que está corroendo por dentro os pilares do Estado Democrático de Direito ", diz Freixo.

As intimidações vão muito além de verbais, muitas pessoas estão tendo que lidar com as ameaças de morte e agressões físicas, ou seja, um riscos à democracia, que usa medidas estratégicas para intimidar opositores.

Um dos alvos dos apoiadores de Bolsonaro neste final de semana foi o governador de São Paulo, João Doria. Vítima de ataques frenquentes, algumas pessoas foram na frente à sua casa protestar.

Vestidos de verde e amarelo, e com som tocando musica a favor de Jair, os manifestantes nem ao menos usavam mascaras.

O governador, por meio de nota, disse que "estes fanáticos extremistas aumentaram o tom das agressões a mim e ao estado de São Paulo".

No documento, o tucano diz que estes grupos são cada vez menores, porém "perigosamente violentos", uma vez que os envolvidos se dirigiram à residência dele. A família do governador também foi atacada por grupos de apoiadores ao presidente Jair Bolsonaro. "Eles partem de pessoas sem limites, guiadas por uma cegueira destrutiva, pelo ódio, pelo fanatismo sem precedentes", escreveu o governador.

Uma das vitimas frequentes é o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ). Ele conta que recebe ameaças de morte e agressões, e por isso precisa andar com segurança privada.

O deputado avalia ilegitimidade nesses grupos que apoiam o presidente Bolsonaro, em decorrência da manifestação de um discurso contra a democracia. "Os discursos de ódio e antidemocráticos que esses grupos levantam são um problema geral", afirma.

"A democracia está em risco, sim. Desde que o Bolsonaro está no poder. Porque com o discurso e as atitudes que ele tem, ele a coloca em risco. A democracia é feita pelas pessoas. Não pela constituição, mas pelo que as pessoas acreditam que a constituição representa", diz Miranda.

Para o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay , porém, tais grupos não são "um risco real para a democracia", mas ele admite que eles causam "instabilidade".

"É extremamente ruim, causa instabilidade. No momento em que todos deveríamos estar preocupados exclusivamente, ou muito prioritariamente, com a vacina, temos a nossa atenção desviada por esses movimentos políticos, que eu não diria infantis, porque são coordenados pelo presidente da república, mas que certamente são irresponsáveis", afirma o advogado.

Kakay também reconhece em Bolsonaro uma figura que incentiva a ações de grupos radicais. "O presidente desde o início incentivou ações mais violentas com o seu próprio comportamento. No sistema presidencialista, a pessoa do Presidente da República tem uma força simbólica muito grande. Então, é claro que esse incentivo tem um reflexo na posição desses grupos mais fanáticos de apoiadores", acrescenta.

Exemplos disso são as ocasiões em que Bolsonaro incitou manifestantes a invadirem o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e sinalizou que a população não deveria seguir as recomendações sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS) para enfrentar a pandemia da Covid-19.

"O presidente deveria ter mais responsabilidade no trato com esses grupos que são claramente desprovidos de qualquer capacidade de análise crítica. Tem várias formas de fazer esse enfrentamento [de grupos fanáticos]. Quando existem ameaças e até agressão física, tudo isso tem que ser possível de ser investigado e punido, se for o caso", diz o advogado.

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