Uma conversa recuperada do celular de Monique Medeiros, pela Polícia Civil, e que consta no inquérito que investiga a morte de Henry, de 4 anos, mostra que a professora procurou uma prima que é pediatra, para revelar que a criança estava apresentando comportamentos diferentes. As informações são do portal Metrópoles.
Segundo a investigação, a procura pela médica, identificada apenas como Renata, teria ocorrido após Monique ficar sabendo, em tempo real relatado pela babá Thayná de Oliveira Ferreira, que o filho era agredido pelo padrasto, o vereador e médico, Dr. Jairinho.
Dr. Jairinho foi a aniversário horas após morte de Henry
Jairinho agrediu e tentou afogar filha de ex-namorada
Na conversa com a prima, Monique revela que Henry tremia e vomitava ao ver Jairinho. Segundo a mãe do menino, ele tinha “medo excessivo de tudo”.
“Acho que agora no início poderia ser duas vezes por semana. Neuro e psiquiatra, não. Infelizmente, isso é comum”, explicou a prima da acusada na conversa.
Veja o diálogo completo:
Monique: Prima, boa tarde
Monique: “Henry está com medo excessivo de tudo, tem um medo intenso de perder os avós, está tendo um sofrimento significativo e prejuízos importantes nas relações sociais, influenciando no rendimento escolar e na dinâmica familiar. Disse até que queria que eu fosse pro céu pra morar com meus pais, em Bangu. Quando vê o Jairinho ele chegar a vomitar e tremer . Diz que está com sono, que quer dormir e não olha pra ele. Nunca dormiu sozinho, mas antes ficava no quarto esperando irmos ao banheiro ou levar um lanche, agora se recusa a ficar sozinho, não tem apetite, está sempre prostrado, olhando pra baixo, noites inquietas com muitos pesadelos e acordando o tempo inteiro. Chora o dia todo. Iniciei com a psicóloga.
Monique: Fizemos duas sessões, uma por semana. Você acha que preciso procurar um neuro, psiquiatra, fazer mais sessões por semana? Tem sido muito sofrido para todos nós”
Renata Pediatra: “Acho que agora no início poderia ser duas vezes por semana. Neuro e psiquiatra, não.”
Monique: Tá bom prima
Renata Pediatra: “Infelizmente isso é comum.”
Monique: Obrigada
Entenda o caso
Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A criança morreu às 5h42, conforme registro policial registrado pelo pai da criança.
Monique e Jairinho alegaram acidente doméstico, mas o laudo revelou que Henry morreu por hemorragia interna, laceração hepática por ação contundente, com socos e pontapés. Foram identificadas múltiplas lesões nos rins, pulmões, nas costas e na cabeça.
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