Ana Carolina Oliveira, de 37 anos, mãe de Isabella Nardoni, trocou mensagens com Leniel Borel, pai de Henry. Ambos tiveram seus filhos mortos enquanto estavam na responsabilidade dos ex-cônjuges .
A menina foi assassinada em março de 2008, aos cinco anos. O pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram condenados, em 27 de março de 2010, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e fraude processual. No mês passado, o menino Henry Borel, de 4 anos, também morreu. A mãe, Monique Medeiros, e o seu namorado, o vereador Doutor Jairinho, estão presos e sendo investigados pelos crimes de tortura e homicídio. Os dois casos envolvendo crianças comoveram o Brasil.
De acordo com informações do portal Piauí, Ana Carolina disse que, ao assistir na TV uma entrevista da mãe de Henry, sentiu emoção falsa e versão combinada dos fatos.
Na última sexta-feira (09), Ana Carolina mandou uma mensagem de WhatsApp para o pai do Henry. “Meu coração estava pedindo para fazer isso. Eu me coloquei no lugar dele. Escrevi que muitas pessoas estão neste momento mandando mensagens, assim como aconteceu comigo com a morte da minha filha. Recebi mensagens de pessoas que tinham passado por situações difíceis, das mais variadas formas, todas prestando solidariedade. Toda manifestação de solidariedade é bem-vinda, evidentemente, mas tem diferença quando compartilhamos uma história muito parecida”, disse.
O portal Piauí detalha que a mãe de Isabella Nardoni falou para o pai de Henry que a comoção do Brasil “deve ter um propósito, seja para pressionar as autoridades por busca de Justiça e por alguma mensagem que o Henry quer passar. Todo esse caso tem me deixado bastante comovida”, completou.
Na carta em primeira pessoa, ela diz “eu e Leniel entregamos os nossos filhos para quem deveria cuidar e zelar. Entregar um filho para nunca mais voltar é o que mais machuca, revolta. Não consigo explicar o tamanho dessa dor”.
Então Leniel respondeu: “Você não sabe como suas palavras são importantes neste momento. Está sendo muito difícil. Não paro de pensar no meu filho. Além do meu filho, eles levaram a minha paz.”
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